AUTORIA

Adam Puosso

TRADUÇÃO

GERENTE RESPONSÁVEL

Vanessa Dalmas

DIRETOR RESPONSÁVEL

Pedro Souza

Com o aumento da competição e a crescente necessidade de eficiência e redução de despesas, muitas empresas estão procurando formas de compartilhar seus gastos com outras organizações para permanecerem competitivas.  

A tendência em buscar alternativas para redução de despesas e custos, traz uma crescente na popularidade do compartilhamento de recursos, como infraestrutura e equipamentos. Muitas empresas estão descobrindo que é mais vantajoso compartilhar recursos com outras organizações, em vez de possuí-los exclusivamente. Isso pode resultar em reduções significativas de custos e aumento da eficiência.

Além disso, as parcerias também podem ajudar as empresas a expandir sua presença geográfica e diversificar suas ofertas de produtos ou serviços, bem como fortalecer sua posição no mercado. O compartilhamento de serviços também está ganhando popularidade no Brasil, onde as empresas estão compartilhando custos operacionais, serviços de TI, financeiros, de recursos humanos e de logística.

Modelos mais comuns de compartilhamento de custos

Quando falamos desses serviços existem vários modelos de compartilhamento de custos operacionais entre empresas, aqui estão os mais comuns:

  1. Joint venture: neste modelo, duas ou mais empresas criam uma entidade legal para compartilhar recursos e dividir os custos. O rateio de custos é geralmente determinado pelo nível de participação de cada empresa na joint venture;
  2. Consórcio: neste modelo, duas ou mais empresas se unem para trabalhar em um projeto específico, compartilhando recursos e dividindo os custos. O rateio de custos é geralmente determinado pelo nível de participação de cada empresa no projeto;
  3. Parceria estratégica: neste modelo, as empresas formam uma parceria para compartilhar recursos e conhecimentos, geralmente em uma área específica de negócios. O rateio de custos pode ser negociado caso a caso, com base nas necessidades e capacidades de cada empresa;
  4. Compartilhamento de espaço: neste modelo, as empresas compartilham um espaço físico, como um escritório ou armazém, dividindo os custos de aluguel, serviços públicos e outras despesas. O rateio de custos é geralmente determinado pela proporção de espaço utilizado por cada empresa.

Utilização do compartilhamento de custos (Cost Sharing) por indústria

Com o objetivo de enfrentar os desafios financeiros e riscos associados a projetos de grande porte e/ou grandes operações, empresas de diversos setores têm recorrido ao compartilhamento de custos operacionais. Essa prática estratégica permite a divisão dos encargos financeiros e o aumento da eficiência.

Exploramos alguns exemplos de setores mais comuns nos quais acordos de compartilhamento de custos operacionais têm sido adotados, como Óleo e Gás, Tecnologia da Informação e Telecomunicações, Saúde, Logística e Energia. Esses exemplos mostram como a colaboração entre empresas tem se mostrado uma solução eficaz para reduzir despesas, mitigar riscos e maximizar sinergias, impulsionando o progresso e a sustentabilidade em diversas indústrias.

Óleo e Gás

Acordos de compartilhamento de custos operacionais são comuns no setor de Óleo e Gás, já que muitas vezes os custos de exploração e produção são muito altos e envolvem riscos significativos. Um exemplo é o acordo entre a Petrobras e a francesa Total, para a exploração e produção de petróleo na área do campo de Libra, na Bacia de Santos. Nesse acordo, as duas empresas compartilham os custos de exploração e produção de petróleo da região.

Tecnologia da Informação e Telecomunicações

Compartilhamento de serviços de TI e Telecomunicações. A colaboração em projetos de pesquisa e desenvolvimento são comuns no setor da Tecnologia da Informação. As empresas HP e Microsoft colaboram no desenvolvimento de softwares e serviços, compartilhando os custos de pesquisa e desenvolvimento. Isso permite que ambas as empresas reduzam os custos operacionais e aumentem a eficiência na produção de seus materiais. Enquanto isso, Telefônica e TIM Brasil: compartilham infraestrutura de rede, incluindo torres de celular e cabos de fibra ótica, reduzindo custos e aumentando a eficiência.

Saúde

Na área da saúde não é diferente, os custos são compartilhados a partir da divisão de equipamentos, instalações, serviços médicos e pesquisa. Uma grande referência do caso é a união UnitedHealth Group e Quest Diagnostics colaboram no desenvolvimento de soluções de diagnóstico e gerenciamento de doenças, compartilhando recursos e expertise.

Logística

O setor de logística utiliza para compartilhamento de veículos, instalações e equipamentos de armazenamento com objetivo de reduzir seus custos operacionais de entrega e produção. Liderado pelas multinacionais, Wal-Mart e Procter & Gamble, as empresas trabalham em estreita colaboração para gerenciar suas cadeias de suprimentos, o que permitiu a redução de custos e a melhoria da eficiência.

Energia

Também comum no setor de energia, especialmente no setor de energia renovável, onde os custos de desenvolvimento e operação podem ser elevados. As empresas podem se unir em parcerias para dividir os custos e maximizar as sinergias. As gigantes, EDP Renováveis e a Repsol firmaram acordo para o desenvolvimento de projetos de energia renovável na Península Ibérica. Nesse acordo, as duas empresas compartilham os custos de desenvolvimento e operação de projetos de energia eólica e solar.

Sobre o modelo de gestão e cobrança

As empresas devem estabelecer acordos claros e documentados sobre o modelo de compartilhamento, bem como sobre os modelos de rateio e cobrança, para evitar conflitos e garantir a sustentabilidade da parceria. Quanto aos modelos de rateio e cobrança mais utilizados, eles podem variar conforme o modelo de compartilhamento escolhido, mas alguns exemplos incluem:

  1. Rateio igual: as empresas dividem os custos igualmente, independentemente do nível de uso ou participação;
  2. Rateio proporcional: as empresas dividem os custos com base em uma proporção definida de acordo com o uso ou participação de cada empresa;
  3. Cobrança baseada no uso: as empresas pagam apenas pelos recursos que usam, com base em uma taxa acordada previamente;
  4. Cobrança baseada no tempo: as empresas pagam uma taxa fixa pelo uso de recursos compartilhados durante um período determinado.

Benefícios do Cost Sharing

O compartilhamento de custos pode levar a reduções significativas nos custos operacionais para todas as empresas envolvidas, permitindo que elas compartilhem despesas como aluguel, serviços públicos, equipamentos, pessoal e outros. Além disso, esse movimento gera aumento da eficiência, já que o trabalho em conjunto permite que as empresas envolvidas aproveitem as vantagens de economias de escala, bem como o acesso a tecnologias e processos mais avançados.

O compartilhamento de recursos também pode levar a uma melhoria na qualidade de serviços prestados, pois cada empresa pode se concentrar em suas áreas de especialização e compartilhar recursos especializados com outras empresas, assim como também, permitir um aumento da flexibilidade das empresas, que podem se adaptar rapidamente às mudanças no ambiente de negócios.

Outro benefício gerado pelo compartilhamento de custos é a possibilidade de expansão geográfica, o aumento da capilaridade a penetração em novos mercados sem grandes investimentos, além de uma maior exposição da marca.

Desafios enfrentados para aderir ao Cost Sharing

Uma das maiores preocupações das empresas envolvidas é com o compartilhamento de informações. A falta de confiança e a preocupação com a privacidade se tornar empecilhos caso mal geridos. As empresas precisam encontrar maneiras de compartilhar somente as informações necessárias de forma confidencial e sem comprometer a segurança das informações.

Outros fatores que podem intimidar as empresas a aderirem ao compartilhamento de custos são a preocupação com uma possível falta de controle e o equilíbrio de poder. É importante que as empresas estabeleçam acordos claros e equitativos sobre o compartilhamento de custos para evitar conflitos. Além disso, estes podem ser outros desafios enfrentados nesse mercado:

  1. Regulamentações: as regulamentações governamentais podem dificultar a implantação e aprovações. As empresas precisam estar cientes das regulamentações aplicáveis e seguir as diretrizes para evitar quaisquer penalidades ou sanções;
  2. Gestão da mudança: o modelo requer uma mudança significativa na cultura e nas práticas de negócios das empresas. Além disso, mudanças geram resistências, que precisar ser planejadas e monitoradas para ocorrerem de forma efetiva;
  3. Alinhamento de objetivos: as empresas precisam ter objetivos claros e alinhados para que seja eficaz. Se as empresas têm objetivos diferentes ou divergentes, pode ser difícil alcançar um acordo sobre o compartilhamento de custos.

Como a BIP atua nesse ramo

A BIP possui know-how e experiência com o tema, atuando dentro das diversas unidades de negócio com foco em oferecer as melhores soluções para as empresas. Apoiada na capacitação dos nossos especialistas, a BIP oferece um suporte completo na avaliação da escolha do melhor modelo de compartilhamento de custos, contribuindo no levantamento de insumos e alinhamento com a estratégia do negócio para estabelecer o modelo de compartilhamento de custos que atenda demandas fiscais e financeiras da empresa.

  1. Estudo de viabilidade da implantação do compartilhamento de custos: definimos as premissas para construção do estudo de viabilidade, avaliamos alternativas e definimos o melhor modelo;
  2. Desenho do modelo de rateio e cobrança: oferecendo suporte as áreas financeiras para atender as novas demandas como revisão de hierarquia de custos, plano de contas e construção de políticas e procedimentos. É importante avaliar e revisar os processos, sistemas e estrutura das empresas envolvidas, ondemapeamos as necessidades de mudança e requisitos para se adequarem a nova estrutura;
  3. Gestão e governança do projeto: executa os prazos e resultados, faz o acompanhamento de atividades, monitora os indicadores de nível de serviço, além de definir os comitês para assegurar a governança das ações estabelecidas;
  4. Gestão da mudança: garante o mapeamento, envolvimento e engajamento dos stakeholders com o projeto através do levantamento dos impactos e riscos, estruturação e monitoramento do plano de comunicação proporcionando maior transparência, transferência de conhecimento e capacitação necessária para os novos fluxos;
  5. Apoio na construção de orçamento e gestão de sinergias: elaboração de orçamento para as iniciativas e acompanhando os indicadores de ganhos que o novo modelo pode trazer para o negócio;

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