Categoria: Bip na Mídia

Instituições financeiras se ajustam para operar como ‘banco aberto”

Mercado Financeiro – 24 de setembro de 2020 Banco Central prevê que até outubro de 2021 integração esteja completa. A primeira fase do open banking começa a entrar em vigor no Brasil em 30 de novembro deste ano, prevê o Banco Central. O open banking é o compartilhamento de dados e serviços bancários, com autorização dos clientes, entre instituições financeiras por meio da integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia. Os pequenos e médios bancos estão se preparando tecnologicamente para participar da integração. De acordo com o BC, o open banking será implementado em quatro fases com término previsto em outubro de 2021. A Associação Brasileira de Bancos (ABBC), a principal associação que defende os interesses dos bancos de médio e pequeno porte do país, contratou a consultoria Bip Brasil para gerar soluções para as adaptações tecnológicas necessárias demandadas pelo novo sistema. A consultoria está trazendo para a ABBC experiências de atuação em mercados da Europa: plataformas compartilhadas e sistemas padronizados são algumas das estratégias que estão sendo avaliadas para aproveitar as novas possibilidades de negócios que vão surgir no mercado. “O compartilhamento do histórico de relacionamento de clientes com a instituição bancária e de seus dados em um único aplicativo vai gerar uma competitividade antes inexistente no país. Sabemos que este é um mercado altamente concentrado. Os bancos médios e pequenos têm à frente um ótimo momento”, diz Luiz Fabbrine, líder da área de finanças da Bip Brasil, que considera as inovações em curso no setor financeiro “revolucionárias”. Fabbrine explicou à reportagem do Monitor Mercantil como se dá o processo de consultoria em Open Banking. Que exemplos mais próximos à nossa realidade estão sendo considerados pela Consultoria Bip no projeto da ABBC? – A Bip traz para a ABBC uma experiência internacional de open banking. Em vários países da Europa, onde atuamos, este processo se iniciou mais cedo, a partir de 2018. O modelo europeu experimentado é a base para o as soluções que estão sendo implementadas no Brasil. Em que consiste essa consultoria? – Somos um suporte técnico. Atuamos ainda na organização dos grupos de trabalhos da ABBC para gerar definições dos aspectos tecnológicos e de segurança necessários para implantar o open banking. Estes estudo são levados para a Convenção estabelecida pelo Banco Central, onde são realizadas votações da qual participam outras associações do mercado. Que mudanças os pequenos bancos precisam realizar para estarem aptos a atuar na configuração open banking? – Os pequenos e médios bancos se encontram, atualmente, no estágio de planejar as mudanças de estratégia e na implementação de modelos de negócios tecnológicos. Alguns bancos ainda estão estudando se irão aderir ao open banking. O maior desafio deste segmento é o investimento em novas tecnologias. Desta forma, acreditamos que o compartilhamento de plataformas e de sistemas de segurança são o melhor caminho para que os bancos médios e pequenos possam aproveitar as novas possibilidades de negócios que irão surgir e, ainda, poder competir com as grandes instituições. Quantas empresas financeiras a consultoria está atendendo? – Estamos prestando consultoria para o conjunto das instituições abrigadas sob o guarda-chuva da ABBC. Atualmente 92 instituições financeiras participam dos grupos de trabalho. Acredita que até o final deste ano a maioria dos pequenos bancos brasileiros estará de acordo com as orientações legais do Conselho Monetário Nacional e o Banco Central? – Vejo uma maturidade do sistema open banking acontecer mais adiante, no médio prazo, sobretudo quando comparamos com o que ocorreu em outros países da Europa, como na Itália e na Inglaterra. No Brasil, há uma agenda que evoluirá em 2021. Entendemos que algumas instituições devem aderir somente a partir do próximo ano. Para que o open banking funcione bem, todos os atores devem estar sincronizados e esta organização leva algum tempo. Como avalia a forma de regulamentação do open banking no Brasil? – O modelo brasileiro foi inspirado no modelo europeu. O Banco Central, contudo, foi mais arrojado e incluiu o compartilhamento de dados de crédito, investimentos e previdência. Que outras considerações faz do processo do open banking? – Acredito que as mudanças que estão em curso no mercado financeiro são revolucionárias e vão trazer novas oportunidades de negócios. O open banking já é um caso de sucesso na Europa. No Reino Unido, por exemplo, o sistema abriu a possibilidade de novos entrantes no mercado e novos modelos de negócios para as instituições tradicionais. Quando o processo teve início, havia 104 participantes. Um ano depois, saltou para 204 adesões. Acredito que o cenário internacional aponta um caminho igualmente promissor para o Brasil. Link da matéria na íntegra: https://monitormercantil.com.br/instituicoes-financeiras-se-ajustam-para-operar-como-banco-aberto

Leia +

‘O mais difícil foi ouvir: contente-se, com sua cor, tem que agradecer’, diz executivo negro

O Globo – 22 de setembro de 2020 Em depoimento à Karen Garcia RIO – O debate aberto pela decisão do Magazine Luiza de abrir em 2021 um programa de trainees exclusivamente para candidatos negros trouxe à tona a ainda difícil inserção de pretos e pardos no mundo corporativo num país em que eles são maioria. Profissionais negros em posição de liderança, os contadores Silvio Silva, Alessandra Lima e Deives Rezende Filho e a engenheira Cristina Pinho contam as dores e vitórias de quem ainda é exceção. Foi assim Silvio Jorge Silva, 44 anos, diretor comercial da Johnson & Johnson e líder do grupo de afinidade Soul Afro “Não deixei com que o sistema social e econômico brasileiro – que não dá espaço para o negro – me colocasse nas estatísticas de não participação do mercado de trabalho. Comecei a trabalhar muito cedo, minha mãe já era viúva e, com quatro filhos, foi sempre a provedora para toda a família, trabalhando fora de casa. Fui criado em Salvador pela minha avó, que era analfabeta mas de longe a pessoa mais extraordinária que conheci. Queria trabalhar no setor financeiro, mas surgiu um trabalho de repositor de produtos da Johnson & Johnson num supermercado de Salvador. Pagava o suficiente para cobrir a mensalidade da faculdade de Ciências Contábeis. De repositor fui para promotor de vendas, até chegar a vendedor, visitando todo o varejo da Bahia, vendendo de loja em loja. Fui sendo promovido de dois em dois anos, coincidentemente. Passei por vários cargos e também várias regiões, conhecendo o Brasil inteiro. Morei em Teresina, Uberlândia, Rio de Janeiro, Recife, até vir para São Paulo. Desde abril de 2019, estou como diretor comercial. “No início, achava que as dificuldades eram por ser pobre. Só tive consciência do que é ser negro mais para a frente” No meu caminho encontrei um grande líder que acreditou em mim e me ensinou também a acreditar, porque até então tudo era muito distante. Isso me impulsionou e muito do que consegui se deve à minha autoestima e ao meu autoconhecimento. No início, achava que as dificuldades eram por ser pobre. Só tive consciência do que é ser negro mais para a frente. O momento mais difícil em minha carreira foi ouvir que eu deveria me contentar com o que tinha conquistado. “Contente-se. De onde você veio, com sua cor, você tem que agradecer”. O negro e a negra escutam isso a vida inteira. A sociedade acaba não incentivando o que ele tem, e quando demonstra tem, faz questão de coibir. É uma timidez forçada. “A questão do racismo é muito forte. Quanto mais você cria autoestima e conhecimento, essas coisas vão diminuindo, mas não somem” É importante nesse momento que algumas coisas aconteçam de forma um pouco mais extremas para que possamos virar essa engrenagem. Programas como o do Magazine Luiza e outras empresas com foco em negros são sensacionais para mudarmos esse cenário. Não acho que eles vão precisar existir para sempre, mas são um começo para uma equiparação. Para muitas pessoas, os negros bem-sucedidos são aqueles que apresentam dons. São esportistas, músicos. No ambiente corporativo, onde a concorrência é diária, é essencial comunicar esses exemplos de sucesso para criar representatividade para quem está começando a jornada. Uma lembrança positiva muito marcante em minha carreira foi quando uma funcionária recém-contratada me procurou e me agradeceu por ter salvado a vida dela. Fiquei muito surpreso e intrigado. ‘Ouvi uma palestra sua e decidi mudar minha vida. Estava em um contexto de violência e você me fez acreditar que era possível. Isso me ajudou a viver’, ela me disse. Mexeu demais comigo”. Foi assim Alessandra Lima, 43 anos, gerente financeira da consultoria Bip “Venho de uma família de quatro irmãs, meu pai e minha mãe. Aos 14 anos, decidi estudar contabilidade. Fiz um colégio técnico em contabilidade. Minha família sempre foi muito humilde, mas muito batalhadora. No segundo ano, com 16 anos, comecei a fazer estágio na Caixa Econômica. Estudava de manhã, fazia estágio à tarde. Entrei com uma turma de 10 colegas do curso. Sempre trabalhei nas agências mais cheias. Sempre vi esses desafios como algo que me fizesse crescer ainda mais. “Sempre fui daquelas que, se me pediam para fazer uma coisa, eu entregava uma e meia” Na faculdade, comecei a trabalhar em banco. Sempre fui daquelas que, se me pediam para fazer uma coisa, eu entregava uma e meia. Não sei se era ingênua demais, mas nunca senti de fato alguém não me escolhendo pela cor da minha pele. No último ano da faculdade, liguei na central do banco e perguntei se estavam precisando de alguém para a área de contabilidade. E dei a sorte de um gerente ter atendido e ele disse que precisava de ajuda. “Conforme fui amadurecendo entendi a importância das ações afirmativas” Tentava levar o dia a dia de maneira leve. Meus colegas e superiores acabavam vendo uma graça na minha vida. Me destacaram para fazer alguns treinamentos. Quando eu comecei a subir um pouco mais, fui percebendo algumas coisas. Não necessariamente sobre mim, mas ao meio em que eu estava. Conforme fui amadurecendo entendi a importância das ações afirmativas. Se for possível colocar pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades nas melhores faculdades, elas terão um ponto de partida mais igualitário para seguir. Durante um treinamento para liderança de uma área, quando olhava para o lado, eu era uma das poucas mulheres. Negra, quase sempre a única. A situação onde mais senti a discriminação foi em uma equipe de 100 gerentes. Éramos apenas duas mulheres tendo que provar a nossa capacidade técnica por conta do gênero. Não podíamos tampouco sair com o grupo no final do expediente para tomar uma cerveja porque tínhamos que voltar para casa para cuidar dos nossos filhos. “Eu era uma das poucas mulheres e quase sempre a única negra” O meio que a pessoa vive não pode definir onde ela pode chegar. Nem todas as pessoas tiveram as mesmas oportunidades e os líderes que passaram em minha

Leia +

Nova crise, velhos problemas

Brasil Energia – 15 de setembro de 2020   O atual panorama energético nos oferece a oportunidade de mudar radicalmente a forma como são utilizados os recursos naturais do planeta Por Paolo Re A pandemia global e, em seu rastro, a pior recessão global da história recente, trouxe a oportunidade de refletirmos sobre diversas mudanças em nossas vidas, no ambiente de trabalho e nos negócios. Neste espaço de tempo, o reduzido nível de atividades econômicas, do uso de transporte público ou privado e a suspensão de quase todas as viagens aéreas teve um impacto altamente positivo sobre o meio ambiente e o clima. Houve, de fato, uma redução de emissões em todo o mundo. Dados da Agência Internacional de Energia (AIE) indicam que a queda esperada na demanda de energia em 2020, de 6%, se deve principalmente à redução na demanda por fontes fósseis (petróleo 9,1%, carvão 7,7%, gás 5%). Em razão do colapso da demanda, os preços destas commodities caíram expressivamente. A questão é que, além do baixo preço do petróleo, a desaceleração econômica poderá desestimular os investimentos em eficiência energética e energia renovável. Olhando pelo retrovisor da história, os investimentos em fontes alternativas sempre ganharam impulso em momentos de alta no preço do petróleo e das fontes fósseis em geral. As crises econômicas, como a crise do petróleo dos anos 70 e a crise financeira global de 2008, foram responsáveis por declínios temporários nas emissões de gases do efeito estufa (GEE). Não houve, contudo, motivo para comemorações duradouras. As emissões retornaram ao patamar anterior, após o reaquecimento da economia, suprimindo quaisquer benefícios climáticos anteriormente obtidos. No atual momento, a redução no consumo de energia mundial vai gerar, no curto prazo, uma diminuição nas emissões GEE. Até o início de abril, as emissões globais de CO2 caíram cerca de 17%, na comparação com os níveis médios de 2019.  A expectativa é de uma queda nas emissões mundiais em torno de 8% ou 2,6 GtCO2 (AIE), resultado superior ao registrado em qualquer outro período da história. Infelizmente, no Brasil, espera-se que as emissões aumentem cerca de 10% desde já, devido, principalmente, ao crescente desmatamento. Podemos mudar. O mundo tenta entender como as economias podem se recuperar de uma crise colossal que, de acordo com a OCDE, aponta para uma queda no PIB global entre 6% e 7%. Uma quantidade exponencial de recursos financeiros está sendo injetada nos sistemas econômicos mundiais para inibir os efeitos mais devastadores na economia.  Os países do G20 anunciaram estímulos fiscais da ordem de 10 trilhões de dólares e a mensagem dos líderes globais é que estão dispostos a continuar nesta linha. Mas o que precisamente é possível fazer com o extraordinário montante de recursos que está sendo injetado na economia? O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente alerta que as emissões globais de GEE precisam cair 7,6% /ano, entre  2020 a 2030, para manter o aumento da temperatura abaixo de 1,5°C. Estamos diante de uma oportunidade única para definir políticas, projetar e implementar mudanças globais que possam ajudar  vida no planeta no longo prazo. Centenas de políticos e lideranças empresariais e ambientais lançaram recentemente a “Aliança Europeia para uma Recuperação Verde” – a primeira iniciativa para o pós- crise, com foco na construção de planos voltados para recuperação econômica e alinhada a princípios ambientais. Desde a sua criação, a citada Aliança obteve a adesão dos principais fabricantes e instituições financeiras da Europa. Ao mesmo tempo, a opinião pública pressiona por mudanças na priorização dos investimentos. Uma pesquisa recente do IPSOS revelou que dois terços dos entrevistados apoiam a “recuperação verde”, sendo o apoio dos Brics superior ao de outros países do mundo (Índia 81%, China; 80% e Brasil 66%, contra uma média mundial de 65%). Claramente, a opinião pública entende que os investimentos ambientais não têm fronteiras e que a vida no planeta importa mais do que a economia. Para boa parte da população, os caminhos para a recuperação da economia precisam, portanto, ser mais inteligentes e “mais verdes”. Não será uma batalha fácil. Mas há políticas que podem proporcionar tanto a recuperação econômica quanto as metas climáticas conjuntamente. Para ganhar este jogo é preciso ampliar  investimentos em infraestrutura física limpa, sob a forma de ativos de energia renovável; no armazenamento (incluindo hidrogênio), na modernização da rede de tecnologia CCS; em  sistemas de armazenamento de energia doméstica; em modelos estruturais de descarbonização;  na regeneração de ecossistemas, incluindo restauração de habitats ricos em carbono e  em agricultura amigável ao clima . Os investimentos também devem ser direcionados para a educação e o treinamento profissional – a fim de melhor enfrentar o desemprego imediato da Covid-19 – e em iniciativas de apoio rural, particularmente àquelas associadas à agricultura sustentável. Também devem ser consideradas as chamadas  políticas de cobenefícios – as quais substituem atividades ricas em carbono, como a eletrificação do transporte público local e o aumento em escala da fabricação de veículos elétricos; expansão das redes de carregamento de veículos elétricos, aceleração do lançamento da iluminação pública LED e desenvolvimento de infraestrutura para  transporte ativo, como pistas para bicicletas. Além de contribuir para a redução das emissões de carbono, estas estratégias têm o potencial de gerar uma demanda por mão de obra especializada. Finalmente, o que parece ser hoje um grande pesadelo pode representar um novo mundo de oportunidades.  Vale lembrar uma frase atribuída a Winston Churchill e que foi repetida por muitos líderes nos últimos meses:  “Nunca desperdice uma boa crise”. Paolo Re é  líder no Brasil da consultoria Bip Link para acessar a matéria na íntegra: https://energiahoje.editorabrasilenergia.com.br/nova-crise-velhos-problemas/

Leia +

Black Friday brasileira: 66% dos pequenos lojistas não conhecem a data

Exame – 8 de setembro de 2020 Criada pelo governo federal e o Instituto para Desenvolvimento do Varejo, a semana promete descontos de até 70% para os brasileiros Por Carolina Ingizza Na quinta-feira passada, dia 3, começou a chamada Black Friday brasileira. Criada pela Secretaria de Comunicação do governo federal (Secom) e pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), a “Semana Brasil 2020” promete descontos de até 70% para os consumidores. Pelo segundo ano consecutivo, a ideia do governo é usar a “Semana Brasil” para impulsionar as vendas do varejo nacional. Grandes varejistas de diversos segmentos, como Magazine Luiza, brMalls e Sephora aderiram à campanha. Os pequenos negócios, por outro lado, sequer conhecem o evento. Pesquisa feita pela Loja Integrada (do grupo VTEX) com quase 600 empreendedores mostrou que 66% dos pequenos varejistas não conhecem a data e só 20% estavam se preparando para a semana de descontos. Os pequenos comerciantes estão mais animados com a Black Friday tradicional, realizada na última sexta-feira de novembro. Cerca de 72% dos entrevistados estão com expectativas positivas pra o evento e 78% acreditam que irão faturar mais que na Semana do Brasil. Outro estudo, feito pela consultoria Bip, mostra que os consumidores estão também mais entusiasmados com a Black Friday de novembro. “Quando comparamos as buscas da “Semana Brasil” com “Black Friday”, o evento que está ocorrendo agora parece insignificante em relação ao que deve acontecer em novembro” afirma o consultor Wagner Pereira. Para as empresas que decidiram participar do evento, a expectativa é que haja um alívio no caixa. Entre os segmentos com maior possibilidade de realizar vendas, Pereira cita os eletroeletrônicos, que tem mantido o fluxo de consumidores mesmo na pandemia. Link para a matéria: https://exame.com/pme/black-friday-brasileira-66-dos-pequenos-lojistas-nao-conhecem-a-data/

Leia +

Varejo aposta em descontos de até 75% na Semana do Brasil para retomar vendas

Extra – 5 de setembro de 2020 Por Letycia Cardoso Diversos shoppings do Rio de Janeiro preparam descontos de até 75% para estimular o consumo durante a Semana do Brasil, que acontece no período de 03 a 13 de setembro. O evento, criado em 2019 pelo governo federal, representa esperança para muitos lojistas em ter um alívio no caixa, após meses sem realizar vendas devido à pandemia do corona vírus. Até o mês de junho, o varejo já acumulava 3,1% em perdas, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE. No índice ampliado, a supressão registrada foi ainda pior: -7,4%. Mesmo com a retomada nas vendas, os números de 2020 ainda devem ser negativos: a Confederação Nacional do Comércio (CNC) prevê uma retração de 4,7% do volume de vendas e, para o conceito ampliado, um recuo de 6,9% no ano. Apesar de esperar uma recuperação das vendas morosa, o diretor institucional da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (ALSHOP), Luis Augusto, vê com otimismo a Semana do Brasil. Para ele, os segmentos que podem levar vantagem são os de vestuário e de acessórios: — A expectativa é boa. Há uma demanda reprimida e, agora, o consumidor está perdendo o medo de sair na rua. Então, os preços mais baixos são um convite para visitar lojas. O Shopping Nova Iguaçu está com descontos de até 60%. Na loja Zinzane, por exemplo, o vestido Laura baixou de $ 199,99 para R$ 79,99. A Mr. Cat também oferece abatimentos consideráveis, como sandália Classic metalizada, que foi de R$219,90 para R$109,90. No Shopping Boulevard, as promoções são ainda maiores e chegam a 75% de desconto, com destaque para lojas de roupas infantis Alphabeto e Piticas. Para quem gosta de produtos de beleza, o Botafogo Praia Shopping conta com promoções da Dermage. Os desodorantes e o produto Hidracare têm 20% de desconto. Já no Shopping Nova América, é possível encontrar descontos até mesmo em serviços: na compra de qualquer pacote do Unhas Cariocas, o cliente ganha uma sessão com manicure. O e-commerce como aposta Os Shoppings da brMalls no Rio vão apostar na experiência da compra online, disponibilizando descontos exclusivos nos marketplaces do NorteShopping, Shopping Tijuca e Plaza Niterói, além de realizar a entrega dos produtos no mesmo dia. Quem optar por optar nas lojas fisicas, pode se beneficiar de ofertas de até 50% na Arezzo, Eudora, Sestini, Sapatella, Enjoy. Já quem escolher comprar pelo aplicativo e-NorteShopping, ganha um cupom adicional de desconto de 30%, além de pagar o frete simbólico de R$ 0,01. A secretária Cintia Rodrigues da Silva, de 44 anos, aproveitou para adquirir produtos que desejava há muito tempo: — Eu não conhecia a Semana do Brasil. Vi nas redes sociais que estavam oferecendo desconto de 30% e comprei duas águas de colônia por R$ 41,99. Também recebi amostras grátis e já estou pensando em fazer uma nova compra na mesma loja. Para Rodrigo Azevedo, diretor comercial do Vigia de Preço, plataforma que ajuda o usuário fazer compras pela internet pelo menor valor, o movimento das lojas de baixa de preço irá atrair, principalmente, o público que já tinha um desejo de consumo e esperava a melhor oportunidade para a compra. — Mesmo nesse período que estamos passando, as pessoas não deixam de comprar o essencial. E, muita gente, que não perdeu emprego ou sofreu alteração nos rendimentos, acabou economizando com o fato de não poder sair ou viajar e usar este dinheiro guardado para comprar o que já “namoravam” nas vitrines. À medida em que a oportunidade surge, as pessoas compram — opinou. Grandes varejistas também vão dar descontos Durante a Semana do Brasil, o Boticário irá oferecer todos 300 itens selecionados com até 50% de desconto. As clássicas fragrâncias florais, como Floratta Blue (R$ 59,90) e Floratta Gold (R$ 59,90), estarão com 40% de desconto. A linha de cuidados masculinos também estará com ofertas: o Malbec Club Pós-Barba, por exemplo, será vendido com 30% de abatimento, a R$ 37,90. Todos os itens podem ser adquiridos sem sair de casa, pelo site www.boticario.com.br; pelo WhatsApp, por meio do número 0800 744 0010; pelo app da marca; ou, ainda, através da rede de revendedores. O Magalu é outra grande rede que vai disponibilizar descontos em itens de todas as categorias — eletrodomésticos, móveis, colchões e celulares — e ofertas exclusivas em seu superapp e nas lojas físicas. No entanto, a sua aposta principal é o cashback: o cliente que fizer compras receberá uma parcela do valor pago na carteira virtual MagaluPay. O dinheiro poderá ser usado no pagamento de contas, transferências ou em novas compras no site e nas lojas. — No ano passado, a campanha superou as expectativas e teve um resultado expressivo para o mês de setembro. Este ano, acreditamos que a data será tão boa quanto a de 2019, porque faremos uma campanha multi-canal — explica Ana Paula Rodrigues, diretora de marketing do Magalu: — Além de lojas e aplicativos, os vendedores parceiros que podem vender pelo celular, em casa, também participarão. Longe da Black Friday A Semana do Brasil surgiu como uma tentativa de deslocar o grande volume de vendas da Black Friday para uma data mais distante do Natal, a fim de não gerar impactos nos resultados dessa data comemorativa. Entretanto, especialistas acreditam que o evento ainda terá que percorrer um longo caminho para rivalizar com a sexta-feira negra. O líder da unidade de negócios de varejo da consultoria Bip, Wagner Pereira, acredita que falta incentivo para o evento se popularizar. Para ele, sem campanhas expressivas de divulgação, muitas pessoas não têm conhecimento da ação. — Para o varejista com estoque parado, esse evento pode ser importante. Mas transformar a data em algo relevante como a Black Friday não é nada fácil. Este ano, por causa da crise, é muito provável que o resultado seja ainda pior que o de 2019 — argumenta Pereira: — De acordo com dados do Google Trends, o interesse por Semana do Brasil está 60% menor que o do ano passado. Isso, com certeza, vai refletir nas vendas. O presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites, Tito Bessa, também não espera bons resultados e ainda critica a falta de organização do evento: — Essa

Leia +

Energia sob controle: mercado de smart grid tem sido responsável por crescente digitalização da rede elétrica no Brasil

Lide (Grupo de Líderes Empresariais) – 03 de setembro de 2020 Os serviços de Smart Home Energy Management, referem-se, geralmente, a controles de termostatos, ar condicionado, controle da calefação nos países frios, além de serviços de sensores de temperatura, umidade e de previsão do tempo ligados ao conceito mais amplo de casas inteligentes: todos conectados por assistentes digitais, como os fornecidos pelas grandes empresas tecnológicas. Estes serviços são funcionais e estão primariamente focados em reduzir o consumo, a poupar energia, incluindo progressivamente o armazenamento em baterias e sistemas inteligentes, além da geração com sistemas de geração distribuída. A geração de energia distribuída se tornará uma agenda importante para o mercado consumidor no Brasil nos próximos anos, em que os vários produtos e serviços para casas inteligentes relacionadas com o consumo, aliado às tecnologias de armazenamento, vão permitir uma independência energética das residências. “O mercado mundial de gestão de energia para casas inteligentes vai crescer com Taxa de Crescimento Anual Composta (CAGR) de 20% e superar 11 bilhões de dólares, em 2023. No Brasil, este mercado deve chegar a valer até 300 milhões de dólares no mesmo ano”, estima Paolo Re, sócio da Bip Brasil, consultoria global. Também há um grande potencial para a integração de veículos elétricos com as casas inteligentes, uma vez que estas servem à rede como meio de armazenamento de energia. “Isto faz com que o mercado cresça com taxas interessantes na Europa e nos Estados Unidos, em que cada um vai contribuir com cerca de 1/3 do mercado. No entanto, a maior taxa de crescimento será na China, onde é esperado um crescimento das casas inteligentes com uma CAGR de 30% ao ano”, explica Paolo Re. Gestão de energia A abundância de regiões com muitas horas de sol por dia, faz do Brasil um ambiente fortemente favorável para a geração distribuída. Tanto que, segundo Re, o número de consumidores e geradores de energia que não pertencem às classes A e B está aumentando. “O tamanho do país e algumas dificuldades crônicas das redes, fazem com que o armazenamento seja muito atrativo para os consumidores finais nos estados menos populosos. A redução nos preços das baterias também está tornando mais acessível o armazenamento e, consequentemente, os serviços de back-up, quando ocorre blecaute, a redução de pico de demanda, além de evitar multas por ultrapassagem da carga máxima e gestão do horário do consumo, com a redução nos horários de preço maior”, destaca. Em razão das tarifas cobradas pelas concessionárias, a solução mais procurada para redução dos custos com energia elétrica em residências é a instalação de painéis fotovoltaicos, também conhecidos como energia solar. Tratam-se de equipamentos compostos por células solares e inversores, capazes de captar e converter a luz do sol em energia elétrica, e então, ser distribuída para as as residências, detalha o diretor da Apex Soluções, Guilherme Martins. As principais vantagens obtidas com o uso do sistema são, segundo Martins, a redução no custo com energia elétrica, sustentabilidade, baixa necessidade de manutenções, redução da poluição e taxas de carbono, assim como a valorização do imóvel. Por outro lado, atualmente os maiores desafios estão relacionados às dúvidas dos consumidores e não mais ao custo do equipamento, que, por sua vez deixou de ser um revés, aumentando a rentabilidade dos projetos. Para a companhia, o aumento da procura por projetos fotovoltaicos em residências, ocorreu nos últimos 12 meses, tendo aumento significativo de aproximadamente 30% no momento atual da pandemia causada pelo novo Covid-19, em que os consumidores começaram a acompanhar de perto o consumo e o custo. Com isso, buscam soluções eficientes que possam proporcionar redução nos gastos com energia elétrica. Compartilhamento Dentro dos serviços Smart Grid voltados para os consumidores residenciais, a empresa Sun Mobi, além de oferecer a possibilidade de escolha de uma fonte de energia limpa e sustentável, disponibiliza um pacote de serviços exclusivos que inclui o acompanhamento ativo do consumo de energia e o estímulo à adoção de ações que evitam desperdícios, feito por meio da medição inteligente do consumo de energia e de orientações em favor da redução de desperdícios. Para tanto, são usados medidores inteligentes, que permitem o acompanhamento em tempo real do consumo de energia, explica Alexandre Bueno, sócio da Sun Mobi. “Nosso sistema possibilita que o consumidor tenha uma relação mais próxima e consciente dos usos da energia. Basta, por exemplo, ligar o ar condicionado para identificar seu impacto na rede imediatamente. Logo, o cliente que entende melhor o seu comportamento e seu consumo tende a ser mais sustentável, com isso, também gasta menos. Estudos da Universidade de Oxford comprovam que esse tipo de ação permite economizar até 15% de energia. Vários clientes nossos já registraram economias superiores a 25%”, relata. De acordo com o executivo, o monitoramento é oferecido para todos os clientes, mudando apenas o meio de como é feito. Os que ocupam edificações menores, com gasto de até 1.000 kWh por mês, por exemplo, recebem um relógio de mesa que apresenta informações instantâneas sobre o consumo. Já clientes de maior porte podem verificar o consumo on-line em qualquer lugar, via App, que também possibilita monitorar a geração em tempo real das usinas solares da empresa, traz relatórios individuais específicos do cliente e um canal de relacionamento com a empresa. “Em breve, a empresa vai lançar um sistema de alarmes para alertar imediatamente o cliente caso seja verificado algum consumo muito diferente do padrão, podendo indicar algum desperdício. Atualmente, isso já é feito por meio de relatórios mensais detalhados. Tais serviços não são prestados por nenhuma distribuidora no Brasil”, evidencia. Smart Buildings Quando falamos sobre consumo de energia em edificações é primordial mencionar também, quão importante é a questão sustentável. De acordo com Marcos Matias, presidente da Schneider Electric, ter um edifício inteligente permeia os aspectos ambientais, profissionais, pessoais e financeiros. “A Schneider acredita que é possível termos um mundo mais sustentável e que as edificações são parte significativa da produção de carbono no mundo e todos nós devemos buscar por tecnologias que consigam realmente reduzir o consumo não pensado de energia

Leia +

Especial: energias renováveis geram menos emprego e renda no Brasil

Broadcast, Estadão – 31 de agosto de 2020 Por Denise Luna e Fernanda Nunes As energias renováveis avançam na matriz energética brasileira. Mas o País ainda busca a melhor forma de replicar esses ganhos na geração de emprego de qualidade e renda. Apesar dos investimentos recentes nesse segmento, a cadeia produtiva de uma usina solar brasileira ainda contrata 17 vezes menos trabalhadores do que uma semelhante na Europa, segundo dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena). No segmento eólico, são cinco vezes menos. O quadro do conjunto das renováveis brasileiras só não é pior por conta do grande número de trabalhadores na extração da cana-de-açúcar e nas usinas produtoras de etanol. No fim das contas, por dominar a tecnologia na cadeia fornecedora, o país mais beneficiado pelo avanço das renováveis no mundo acaba sendo a China, onde está quase metade das contratações do setor, segundo a Irena. E a projeção é que, no futuro, esse cenário se acentue ainda mais, com a Ásia respondendo por 64% dos 42 milhões de vagas da indústria de energia limpa. O domínio da inovação já faz diferença até mesmo para economias com poucos recursos naturais. O volume de empregos e investimentos no Brasil ainda está muito aquém em relação a países como Alemanha e Japão, que têm um potencial no segmento de energia limpa muito menor que o brasileiro. A atuação do Brasil se concentra na expansão de parques eólicos e solares. O desafio é criar uma sinergia nessa indústria, atraindo projetos de tecnologia e fabricação de componentes. Paolo Ré, sócio da consultoria Bip, avalia que o setor de energia sempre esteve concentrado em petróleo e acrescenta que as start-ups, associadas a grandes companhias, até mesmo às petroleiras, podem ser o “pulo do gato” que o setor elétrico precisa para dar um salto tecnológico. Embora não sejam grandes empregadoras, empresas de inovação dão suporte a outras indústrias, como as de óleo e gás, que ainda buscam o melhor modelo de negócio na área de energia sustentável para desenvolverem no Brasil.

Leia +

Fundos se aliam a grandes empresas contra desmatamento

Investidores brasileiros ficam mais seletivos para alocar recursos e sustentabilidade vira critério vital na escolha Fernanda Nunes RIO DE JANEIRO – Antes mesmo de a pandemia de covid-19 paralisar a economia mundial, o mercado financeiro sinalizou para transformações na alocação de capital em direção a empresas adaptadas às premissas ambientais, sociais e de governança (ESG, em inglês). O marco partiu de Larry Fink, presidente da gestora global Black Rock, que, ainda em janeiro, anunciou penalidades às companhias das quais participa, caso não se adaptassem às boas práticas. No Brasil, fundos de investimento, ainda que de pequeno e médio portes, têm se aliado a grandes empresas para pressionar os três poderes contra o desmatamento da Amazônia. A percepção de especialistas é que eles terão papel fundamental no cumprimento das metas do Acordo de Paris e na aceleração da transição energética. Práticas socioambientais e de governança têm se tornado, na verdade, um diferencial entre as corporações e também um bom negócio. Em todo mundo, existe um potencial de investimento em sustentabilidade de US$ 20 trilhões, segundo Flávio Menezes, especialista pela consultoria Bip, que utilizou dados do Bank of America. Ele argumenta que, no Brasil, as 30 empresas inseridas no Índice de Sustentabilidade Empresarial B3 (ISE B3) apresentam performance alinhada à da Bovespa, mas suas ações são menos voláteis. “Empresas que não necessariamente aderem aos conceitos ESG, mas são boas pagadoras de dividendos e possuem liquidez no mercado, vão continuar a fazer parte das carteiras dos fundos nos próximos cinco anos. A partir daí, empresas de fato atrativas para os fundos terão que apresentar critérios de sustentabilidade”, diz. Para alguns investidores, porém, a mudança rumo às boas práticas começou há décadas, ainda que, nos últimos anos, tenham passado a ser mais exigentes. Fábio Alperowitch conta que fundou a Fama Investimentos nos anos 1990 já sob premissas socioambientais, mas que ele próprio e sua empresa foram se adaptando ao longo do tempo, à medida que o conceito de sustentabilidade foi se tornando mais criterioso. Neste período de covid-19, ele ainda agregou variáveis ainda mais rígidas às suas escolhas de investimento, como as práticas trabalhistas na crise: “Tem umas 40 empresas nas quais a gente não investe de maneira nenhuma. Essa lista tem aumentado, infelizmente. Tem uma companhia que, no auge da covid-19, seu controlador deu uma entrevista dizendo estar mais preocupado com a morte de CNPJs do que com a morte de CPFs. Não consigo investir numa empresa cujo controlador pensa dessa maneira.” Em sua carteira de investimento, Alperowitch acumula R$ 2,6 bilhões. Ele diz que cada segmento econômico possui desafios próprios de sustentabilidade. Cita, por exemplo, o setor têxtil, cujo critério de avaliação são a qualidade do trabalho e a diversidade de raça e gênero. “Eu jamais investiria na Petrobrás ou na Vale. Combustíveis fósseis são a pior coisa que existe para o meio ambiente. A Petrobrás emite toneladas de CO2 por ano”, diz. Movimento Apesar da crítica a grandes grupos, ele se aliou a um movimento empresarial que tem percorrido Brasília em defesa da Amazônia, da implementação do Código Florestal e da regularização fundiária. São 72 signatários, dos quais 62 são companhias de grandes porte, cinco são fundos de investimento e cinco são associações setoriais. O grupo já esteve com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e, nesta semana, estará com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e com governadores da Amazônia. À frente do movimento, a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), Marina Grossi, contou que os fundos foram os últimos a aderir e, em sua opinião, essa adesão é fundamental para o processo de adequação do capital. Além do Fama, o movimento incorporou o Mauá Capital, JGP, Fram Capital e SulAmérica Investimentos. Na Mauá Capital, um dos focos é a cadeia de suprimentos. O fundo oferece crédito para que fornecedores de grandes companhias se adaptem aos critérios ESG e não coloquem em risco a imagem das suas contratantes. Carolina da Costa, que está à frente da área de novos negócios, ESG e impacto na Mauá, diz que essa não é uma agenda nova no Brasil. Acrescenta, no entanto, que o movimento empresarial ao qual os fundos de investimento aderiram tem a particularidade de buscar a aliança das agendas pública e política. “É um realinhamento de propósito para que o capital esteja a serviço da sustentabilidade”, afirma.   Para acessar a matéria completa, clique em: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,fundos-se-aliam-a-grandes-empresas-contra-desmatamento,70003393754  

Leia +

(Re)planejamento empresarial: como fazer em tempos de Covid-19!

04 de agosto de 2020 – Future Print Diariamente, diversas empresas são abertas ou fecham suas portas. Hoje, com a grande concorrência e a comoditização de tecnologias e produtos, o empreendimento que não consegue desenvolver diferenciais sólidos encontra dificuldades para obter sucesso. E esse sucesso passa pelas pessoas. Afinal, as empresas são formadas por pessoas e para as pessoas. Lidar com a crise desencadeada pelo novo coronavírus e suas consequências pode ser o imperativo de nossos tempos. De fato, a consultoria McKinsey prevê que isso promoverá a reestruturação iminente da ordem econômica global. O ano de 2020 chegou trazendo transformações severas e disruptivas para a sociedade na convivência, na economia, no ambiente corporativo e em todos os tipos de relações. Com isso, é preciso se reinventar e se adaptar ao momento. Então, chegou a hora de replanejar para que sua empresa supere a crise e as mudanças desencadeadas pela COVID-19. Home office, revezamento de funcionários, quarentena, empresas fechadas, redução no fluxo de caixa, mudanças no comportamento… São diversas as transformações que aconteceram da noite para o dia, e que impactaram negócios em todo o mundo. Com tantas mudanças tão significativas e de tão grande escala, fica praticamente impossível seguir o que foi planejado para as empresas antes de tudo isso acontecer. Por esse motivo, criamos este material com dicas para que você compreenda melhor esse cenário. Confira as perspectivas, repense o planejamento do seu negócio, fazendo as adaptações necessárias e se reinventando para atingir objetivos já traçados ou, ainda, para alcançar novas oportunidades que foram percebidas em meio à pandemia. COMO DEVE SER O NOVO NORMAL PARA AS EMPRESAS? Você já deve ter ouvido essa expressão “novo normal”, certo? Ela vem sendo utilizada para caracterizar o conjunto drástico de mudanças desencadeadas pela pandemia de COVID-19. E, nesse conjunto, há alterações que devem ser vistas em dois momentos: o mais imediato, antes da descoberta de uma vacina/medicamento ou de outra solução mais ampla para o problema, e o posterior, que deve ser caracterizado pela continuidade em alguns comportamentos – como maior aderência ao modelo de trabalho home office e uma preocupação mais consistente com a sanitização. Em consonância, Gerson Tavares, consultor em administração de empresas e empreendedorismo, ressalta que “nossa era deverá ser dividida entre o período anterior à pandemia e o novo normal, que deverá acelerar toda a transformação digital e uma grande reestruturação da ordem econômica e social, levando pessoas e empresas a terem de se adaptar de diversas maneiras. Uma crise que seria inicialmente de saúde se transformou em uma crise financeira e, com isso, estamos vendo diversas movimentações e mudanças nos arranjos sociais e empresariais”. Desse modo, é importante que os empresários mantenham um olhar firme e atento no aqui e agora, já que tudo está ocorrendo de forma tão rápida e dinâmica, mas também buscando seu replanejamento para lidar com o novo normal que teremos à frente. Cliente deverá se tornar ainda mais criterioso “No novo normal, o cliente deverá se mostrar ainda mais criterioso e atento. Ele deverá pesquisar mais, não apenas sobre os produtos e serviços, mas também sobre os valores e a forma com que as empresas conduzem seus negócios”, pondera Tavares Acredita-se que, daqui para a frente, se buscará por opções que, de fato, agreguem valor e que consigam entregar uma experiência valiosa e alinhada aos propósitos do cliente. Mudanças nos hábitos de consumo Flavio Menezes, líder no Brasil da consultoria internacional Bip, destaca que “a crise atual, causada pela rápida disseminação do novo coronavírus pelo mundo, tem se mostrado bastante desafiadora para grande parte das empresas. No Brasil, a situação ainda combina a crise humanitária com uma crise econômica e política, o que torna o cenário ainda mais desafiador. Nesse momento, sabemos que o comportamento do cidadão não voltará à situação anterior à crise”. Assim, no novo normal, as preferências, os critérios e as formas de consumo devem sofrer alterações. Na China, por exemplo, há indicadores de que 80% das pessoas mudaram seus hábitos de consumo e compras em função da pandemia. Estudos da Nielsen apontam que isso deve ocorrer em duas frentes: uma formada por quem conseguiu passar pela pandemia sem impactos financeiros mais substanciais e que conseguirá manter ou, mesmo, elevar certos padrões de consumo. A outra representada por quem teve queda ou perda de renda e precisou restringir suas opções de consumo. Essa polarização apresenta desafios, porém, também oportunidades que as empresas poderão aproveitar se replanejando e ajustando seu portfólio de produtos e serviços. A força do e-commerce deverá permanecer Conforme dados da consultoria McKinsey, em torno de 40% dos consumidores no Brasil planejam fazer mais compras online – inclusive no período pós-pandemia. As compras virtuais, com a pandemia, passaram a fazer parte do hábito de um grande número de pessoas. E a praticidade, conveniência e as facilidades desse canal deverão se manter na pauta pós-pandemia, demandando reestruturações nos canais de venda e de atendimento das empresas. Otimismo do consumidor, porém com desafios econômicos Apesar de todos os desafios, de modo geral, o consumidor mantém certo grau de otimismo para o futuro. Uma pesquisa do Observatório Febraban detectou uma taxa de otimismo significativa na população bancarizada consultada sobre a recuperação financeira pessoal e familiar – 49% acredita que o status de sua situação financeira voltará ao que era antes da pandemia em até um ano, e 21% crê que isso deverá ocorrer em até seis meses. Apesar desse nível de confiança, os empresários devem estar preparados, também, para desafios financeiros. O Banco Mundial prevê que a economia global encolherá 5,2% em 2020, sendo esse seu pior desempenho desde 1946. C Cuidados maiores com higiene e sanitização A pandemia desencadeou uma maior conscientização sobre a importância de adotar cuidados e hábitos consistentes de higiene e sanitização. E, em alguma medida, isso deverá permanecer mesmo após a crise de COVID-19. E isso deverá estimular mudanças desde a linha de produção até a entrega do produto ao cliente. Serviços com negociações e solicitações via internet, com entrega sem contato, entre

Leia +

Pós-pandemia: veja os setores da economia que serão mais e menos impactados pela crise

02 de agosto de 2020 – Extra Com o relaxamento do isolamento social, comerciantes e prestadores de serviço retornaram às atividades. No entanto, em muitos setores, os negócios vão demorar a voltar ao patamar anterior à crise. De acordo com um estudo da consultoria Bip, feito por meio do cruzamento de informações de consumo e dados financeiros divulgados por cerca de 300 empresas, os setores de varejo de bens não essenciais; de combustíveis; de esportes; de entretenimento offline, como shows e eventos; e de aviação, turismo e hotelaria vão precisar praticamente reiniciar seus negócios, em um curva de retomada muito lenta. Flávio Menezes, líder da Bip Brasil, acredita que a retomada do crescimento em níveis parecidos aos do pré-pandemia só acontecerá em 2022. Para tentar reduzir os prejuízos, ele acredita que as empresas têm dois caminhos: — Com essa abundância de dados que existe hoje, é possível investir em serviços personalizados e com maior qualidade. A outra medida é enxugar o orçamento, reduzindo gastos com a adoção do home office e com a digitalização de processos. Os setores de bens de consumo duráveis, de moda e beleza e as exportações do agronegócio — impactadas por restrições nas fronteiras durante a pandemia — também vão demorar para se recuperar. Já os negócios pautados em plataformas digitais — como o varejo alimentar, as farmácias online, a telemedicina, a educação digital e o entretenimento em streaming — continuarão crescendo de forma sustentável no pós-crise. O setor de telecomunicações, por sua vez, que teve um impacto positivo no início da quarentena, com a migração do consumo do corporativo para o residencial, deve retomar a posição anterior à crise. Digitalização inevitável As empresas que já trabalhavam com tecnologia para vender seus produtos e serviços conseguiram ter menos impactos em seus negócios. Para o gerente de Conhecimento e Competitividade do Sebrae Rio, Cezar Kirszenblatt, os pequenos empreendedores que não enxergavam essa necessidade agora percebem a importância da digitalização: — Quem já tinha e-commerce conseguiu sobreviver. Assim como os serviços de alimentação, que adaptaram sua dinâmica de trabalho utilizando meios digitais. Após perder 50% das clientes, a Up Estética resolveu investir em um outro segmento e começou a vender cursos online para esteticistas. — Para o consumidor final, a estética deixou de ser prioridade. Então, passamos a oferecer especializações a profissionais que estavam com tempo livre, sem trabalhar — disse o dono da empresa, Rodrigo Moraes. Segundo ele, as aulas online começaram a ser gravadas em janeiro, e o lançamento estava previsto para 2021. No entanto, com a pandemia, foi necessário acelerar o processo: — Já temos sete cursos, e o objetivo é encerrar o ano oferecendo 22. Como atrativo, oferecemos parcelamento em 12 vezes sem juros e tivemos uma adesão foi muito boa. A Estácio, por sua vez, que já oferecia cursos a distância com vídeos gravados, usou a expertise para disponibilizar aulas online e ao vivo aos alunos presenciais ainda na primeira semana da quarentena, evitando assim muitos trancamentos de matrícula. Atualmente, a faculdade administra cerca de cinco mil aulas por dia, ministradas para mais de 300 mil alunos. Adriano Pistore, vice-presidente de operações presenciais da Estácio, revela que, com a pandemia,a instituição antecipou investimentos em tecnologia e planos que estavam em desenvolvimento. Dessa forma, quando as aulas presenciais retornarem, todos os campi terão adaptações digitais. — A palavra agora é somar, no sentido de pensar como é possível entregar mais digital em uma atividade de campo. Para isso, a Estácio já está revendo o desenho de sala de aula, a oferta de rede de wi-fi gratuito nas unidades, desenvolvendo novos aplicativos de aprendizagem para os alunos e novos ambientes virtuais — contou Pistore. Grande impacto no segmento de serviços O setor de serviços é um dos mais afetados, porque a pandemia provocou queda no orçamento familiar, fazendo com que consumissem menos supérfluos. — Traçar um cenário de recuperação para esse setor é complicado, porque as famílias que têm em sua composição trabalhadores informais sofreram as maiores quedas, e ainda estamos no meio da crise. Essas pessoas ficam desconfiadas em termos de consumo, e o setor de serviços depende dessa vontade — afirmou Mayara Santiago, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV). De acordo com pesquisa do Sebrae, os setores mais afetados foram o turismo e toda a sua cadeia produtiva, com queda no faturamento de 76%; a economia criativa, que engloba eventos, shows, feiras, cinema, com redução de 70%; e o ramo das academias, que perdeu 77% do seu faturamento. A empresa Viva Eventos precisou adiar todas as festas de casamento e de formatura programadas. A postergação de pagamentos de eventos remarcados e o não fechamento de novos contratos logo refletiram no caixa. A tramitação da Medida Provisória (MP) 948, que desobriga o reembolso de valores pagos pelo consumidor desde que o prestador cumpra o combinado em uma nova data, é vista como um alívio pelo diretor Renato Menezes. — O mercado de eventos foi um dos mais afetados, junto com o de turismo. Foi um dos primeiros a parar e será um dos últimos a voltar totalmente à normalidade. É um mercado com mais de R$ 220 bilhões movimentados na economia, muito importante para o país. Essa MP ajudou a evitar o cancelamento de eventos, deu segurança para que as empresas continuassem em operação até o fim da pandemia — opinou. Embora tenha realizado a convenção nacional, principal evento da rede, de modo 100% online, a empresa não fez nenhuma adaptação em seu modelo de negócios, pretendendo voltar a realizar as festas de formatura em formato presencial, assim que possível. — Os eventos presenciais serão retomados assim que tivermos segurança para tal, sem colocar nenhuma vida em risco. Há muitas vacinas em testes, com estudos indicando a possibilidade de termos um imunizante já em novembro. No começo, teremos uma retomada mais lenta, mas estamos confiantes que retomaremos ainda mais fortes. Isso porque eventos geram experiências, e as pessoas estão sedentas por isso — concluiu Menezes. Link: https://extra.globo.com/noticias/economia/pos-pandemia-veja-os-setores-da-economia-que-serao-mais-menos-impactados-pela-crise-24559660.html

Leia +
×