Categoria: Bip na Mídia

Brasil pode ter 400 instituições no open banking em um ano, estima BIP

Estadão – 18 de novembro de 2020 IMPRESSO     INTERNET: Mariana Durão O Brasil pode aumentar em quase 30 vezes o número de instituições participantes do open banking em um período de um ano, a partir de sua implantação. A análise da consultoria global Bip leva em conta a alta concentração do mercado financeiro no País e o interesse pelo Pix, que atraiu 750 instituições. Potencial. Por aqui o compartilhamento de dados de clientes começa com 13 grandes bancos, mas o líder de Finanças da Bip, Luiz Fabbrine, estima que perto de 400 instituições possam aderir, em 12 meses. A estimativa é que cada banco invista cerca de R$ 15 milhões, no primeiro ano de funcionamento no sistema. Experiência. Com escritórios em 12 países, a Bip trabalhou na transição de instituições financeiras para o open banking na Itália, Espanha e Reino Unido. Na terra da rainha, o movimento começou com 104 instituições em 2018 e chegou a 204 um ano depois. Vaquinha. Por enquanto, a Bip foi contratada para gerar soluções tecnológicas – como plataformas compartilhadas e sistemas padronizados – para uma centena de bancos representados pela Associação Brasileira de Bancos (ABBC). Uma das possibilidades para driblar os altos investimentos é a formação de consórcios entre fintechs e bancos menores, mostra a experiência europeia. Reforço na base. Após o primeiro ano de adoção do open banking nos países europeus, as instituições como agregadores de dados e transações conseguiram elevar sua base de clientes em cerca de 70% e tiveram aumento de receitas, decorrente de novos serviços e produtos financeiros oriundos de obtenção de dados via open banking. Link da matéria: https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-do-broad/brasil-pode-ter-400-instituicoes-no-open-banking-em-um-ano-estima-bip/

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Investimentos em projetos de energias renováveis devem aumentar no cenário pós-pandemia

Estadão – 12 de novembro de 2020 A matriz energética mun­dial é majoritariamente baseada em combustíveis fósseis altamente poluentes. Porém, essa dinâmica nos últimos 40 anos vem mudando com o aumento da produção de energia via fontes renováveis. Até 1980, o consumo de energia oriundo de hidrelétricas, torres eólicas, usinas solares e demais energias renováveis representava menos de 6% de toda a produção mundial, segundo dados da Our World in Data. Em 2019, o índice saltou para cerca de 10%. Sem dúvida, o aumento do uso de energias renováveis no planeta se deve ao constante aperfeiçoamento das tecnologias concernentes, bem como da necessidade das nações reduzirem suas emissões de dióxido de carbono (CO2). O Brasil encontra-se bem posicionado no setor, com aproximadamente 43% da produção de energia já provenientes de fontes renováveis, com destaque para as energias eólica, hidráulica, solar e biomassa – resíduo da produção de etanol. Mesmo com a matriz energética substancialmente mais renovável que a média global, os investimentos na área continuam a todo vapor. Na América Latina, o país liderou o ranking de investimentos no setor ao registrar aportes de US$ 6,5 bilhões em 2019, um acréscimo de 74% em relação ao ano anterior, segundo dados da BloombergNEF (BNEF). As perspectivas futuras são ainda mais animadoras. Hoje, o Brasil é um dos três mercados emergentes mais atraentes para a realização de investimentos no setor, ficando atrás somente de Índia e Chile, de acordo com a última edição do relatório Climatescope – também produzido pela BloombergNEF. O estudo considerou indicadores de 104 mercados emergentes em transição energética e mediu a capacidade dos países de atrair capital para fontes de energia com baixa emissão de carbono. Nem mesmo a crise provocada pela Covid-19 deve diminuir as oportunidades de investimentos no País, segundo relatório da Business Integration Partners do Brasil (BIP). A consultoria aponta que mesmo com a eventual redução dos investimentos em energia renovável em 2020, o foco em sustentabilidade e a transição energética para essas fontes mais limpas tendem a continuar fortalecidas nos próximos anos. Dentro desse contexto, hoje, as oportunidades de investimentos mais atraentes no país encontram-se em projetos de energia eólica e solar. Recentemente a Prisma, gestora de investimentos liderada por Marcelo Hallack, levantou R$ 480 milhões e atraiu 3.800 investidores qualificados na oferta pública de distribuição de cotas do Prisma Proton Energia. O valor levantado na oferta será utilizado para a aquisição de quatro usinas de geração fotovoltaica, localizadas nos estados da Paraíba, Pernambuco e Bahia, e que juntas possuem capacidade de geração de 114 MW. Tal movimentação referenda o apreço cada vez maior dos investidores por projetos energéticos renováveis. Apesar do crescimento, a capacidade instalada de energia solar fotovoltaica ainda possui uma participação de menos de 2% da matriz energética brasileira (4,5 GW no total), de acordo com estudo da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA). Já a capacidade instalada de energia eólica no país é de 9,3% (16 GW no total), conforme relatório da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). Os dados mostram que ainda há espaço para uma ampla expansão de fontes renováveis no Brasil e, portanto, a tendência é de que grandes oportunidades de investimentos continuem ocorrendo ao longo dos próximos anos. Sem dúvida, é muito benéfico para a sociedade quando o mercado financeiro propicia a estruturação de projetos que geram desenvolvimento econômico com base em uma agenda ambiental positiva. Esse movimento vem se intensificando fortemente e, o que é melhor, cada vez traz menos barreiras de entrada para novos empreendedores. *Guilherme Stuart, sócio da RGS Partners Link: https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/investimentos-em-projetos-de-energias-renovaveis-devem-aumentar-no-cenario-pos-pandemia/

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Reclamações por encomendas atrasadas sobem 53% na pandemia

Ecommerce Brasil – 28 de outubro de 2020 As restrições ao funcionamento das lojas físicas multiplicaram o número de compradores online, mas as queixas também cresceram. Segundo a consultoria Bip (Business Integration Partners) Brasil, entre abril e junho foram registradas 126 mil reclamações relativas a compras digitais, um salto de 53,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Para Wagner Pereira, líder de varejo da Bip, o maior gargalo das lojas virtuais está justamente na reta final da entrega. Ele explica que boa parte das empresas não estava preparada para lidar com o aumento das vendas online. “As vendas digitais exigem operações escaláveis, que devem ser dimensionadas de forma ágil para atender aos picos de demanda. A pandemia trouxe uma lição de casa para as empresa prepararem os seus processos”, disse à Época Negócios. E na Black Friday? Há um mês da Black Friday, principal data do comércio eletrônico, que este ano acontecerá no dia 27 de novembro, especialistas alertam para a probabilidade do número de reclamações relativas a compras online ser maior do que no pico de compras impulsionado pela pandemia. De acordo com o levantamento do Procon-RJ, no ano passado só as cinco maiores empresas de e-commerce do país registaram aumento de 68,9% nas reclamações durante o mês de novembro em relação ao ano de 2018. “Neste período é importante reforçar os cuidados com as compras pela internet e sites não confiáveis”, disse Cássio Coelho, presidente do Procon RJ, à publicação. Segundo Wagner Pereira, líder de Varejo da Bip, é esperado um crescimento de cerca de 30% no faturamento dos e-commerces durante a Black Friday deste ano. Já as reclamações, estima ele, devem chegar perto de 180 mil, frente a 121 mil no ano passado, alta de 49%. Link da matéria: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/reclamacoes-encomendas-atrasadas-coronavirus/

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Concessões devem ter retomada gradual

Pandemia trouxe muitas incertezas, mas novas concessões serão retomadas ainda neste fim de ano Por Roberto Rockmann Link da matéria: https://valor.globo.com/publicacoes/suplementos/noticia/2020/10/29/concessoes-devem-ter-retomada-gradual.ghtml

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Negócios têm potencial de R$ 50 bilhões

Queda de demanda impõe um novo olhar sobre o compartilhamento de risco nos contratos Por Roberto Rockmann — Para o Valor, de São Paulo Link da matéria: https://valor.globo.com/publicacoes/suplementos/noticia/2020/10/29/negocios-tem-potencial-de-r-50-bilhoes.ghtml

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Comprar online é fácil, difícil é receber: atrasos em encomendas disparam na pandemia

O Globo – 25 de outubro de 2020 Com a alta nas vendas pela internet este ano, reclamações de entrega subiram 53%. E devem aumentar com Black Friday Carolina Nalin* RIO — Sete meses após o início da pandemia que mudou o comportamento de consumo dos brasileiros, os varejistas ainda enfrentam desafios para entregar os pedidos realizados no ambiente virtual. As restrições ao funcionamento das lojas físicas multiplicaram o número de compradores on-line, mas as queixas também cresceram. Segundo a consultoria Bip (Business Integration Partners) Brasil, entre abril e junho foram registradas 126 mil reclamações relativas a compras digitais, um salto de 53,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O biomédico Douglas Feliciano, de 22 anos, está entre os clientes que recorreram  à compra on-line para evitar o deslocamento até a loja física. Comprou dois produtos, mas só recebeu um. Alegando dificuldades por causa da pandemia e da greve dos Correios na ocasião, a empresa estendeu o prazo de entrega por duas vezes. — Não tive como cancelar o pedido, porque disseram que já estava na transportadora e precisava aguardar o produto voltar para cancelar. Nisso, foram dois meses desde o pedido até a autorização para estorno do valor pago. É frustrante — diz. Espera de três meses A demora para entrega também é um problema para a atendente comercial Maiara Tuller, de 30 anos. Por causa do home office, ela comprou uma mesa de escritório no site da loja Mobly. Mas o prazo de entrega, de 28 dias, não foi cumprido e a data remarcada pela loja implica numa espera de três meses. — Resolvi aceitar o novo prazo, mas se não cumprirem novamente com a palavra, vou fazer a compra numa loja física. Mesmo que eu pague mais caro será preferível a comprar um pouco mais barato e ter a dor de cabeça. Procurada, a Mobly informou que teve um imprevisto logístico que já foi solucionado e acrescentou que a entrega em dezembro, que havia sido acordada com Maiara, foi reajustada para a próxima quinta-feira. Para Wagner Pereira, líder de varejo da Bip, o maior gargalo das lojas virtuais está justamente na reta final da entrega. Ele explica que boa parte das empresas não estava preparada para lidar com o aumento das vendas on-line. — As vendas digitais exigem operações escaláveis, que devem ser dimensionadas de forma ágil para atender aos picos de demanda. A pandemia trouxe uma lição de casa para as empresa prepararem os seus processos — diz. Na avaliação do professor Gustavo Kloh, da FGV Direito Rio, o consumidor não pode ter prejuízo com o prazo de entrega do produto. — Qualquer pedido de prazo a mais deve ser repactuado. Prazos longos não são razoáveis e justificam a rescisão do contrato por parte do consumidor. Por isso mesmo, existe já um conservadorismo na fixação dos prazos — explica. Ele reforça a possibilidade de o cliente cancelar a compra antes de receber o produto, caso o empresa não cumpra o que foi prometido. — A rescisão antecipada encontra guarida no artigo 422 do Código Civil. Se fôssemos aplicar apenas a literalidade do Código de Defesa do Consumidor, seria necessário primeiro receber o bem, mas isso só se aplica deste modo se a entrega estivesse no prazo. Mas se houver atraso, o consumidor pode alegar que o inadimplemento é antecipado e está caracterizado — explica.   Na Black Friday, problemas devem se agravar Há um mês da Black Friday, principal data do comércio eletrônico, que este ano acontecerá no dia 27 de novembro, especialistas alertam para a probabilidade de o número de reclamações relativas a compras on-line ser maior que no pico de compras impulsionadas pela pandemia. De acordo com o levantamento do Procon-RJ, no ano passado as cinco maiores empresas de e-commerce do país registaram aumento de 68,9% nas reclamações durante o mês de novembro em relação a igual período de 2018. — Neste período é importante reforçar os cuidados com as compras pela internet e sites não confiáveis — alerta Cássio Coelho, presidente do Procon RJ. Segundo Wagner Pereira, líder de Varejo da Bip,é esperado um crescimento de cerca de 30% no faturamento do comércio eletrônico durante a Black Friday deste ano. Já as reclamações, estima ele, devem chegar perto de 180 mil, frente a 121 mil no ano passado, alta de 49%. Não sem motivo, Gustavo Kloh, da FGV, orienta o consumidor a redobrar a atenção na hora de fechar um pedido. — É preciso analisar bem o prazo de entrega e os preços de frete. Muitos praticam fretes muito mais altos do que os usuais. Isso pode tornar a aparente oferta um péssimo negócio — aconselha.   Atenção às promoções do fim de novembro. Planeje-se Os preços podem até parecer tentadores, mas é importante se planejar para não complicar o orçamento. Logo depois da Black Friday, chega a hora de pagar o IPTU, o IPVA, a matrícula escolar. E dessas contas não dá para escapar.  Pesquise os preços Visite sites e lojas diferentes com, pelo menos, duas semanas de antecedência da data. Pesquise o preço, condições de venda e especificações do produto. Guarde o folheto ou tire um printscreen, com descrição do item e valor, além de informações do link, nome da empresa, data e hora em que foi feita a pesquisa. Assim, você pode conferir se o desconto oferecido realmente é verdadeiro.  Site seguro Certifique-se de que a empresa existe, verificando se possui endereço físico e canal de relacionamento com o cliente. Você também pode acessar o histórico de reclamações no Procon de seu município e no site consumidor.gov.br, do Ministério da Justiça, para conferir a atuação da loja. Link da matéria: https://oglobo.globo.com/economia/defesa-do-consumidor/comprar-on-line-facil-dificil-receber-atrasos-em-encomendas-disparam-na-pandemia-24710642

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Pix é só o começo: saiba quais mudanças irão acontecer a partir do open banking

Extra – 25 de outubro de 2020 Você paga juros caros pelo financiamento da casa própria? Arca todo mês com tarifas altas do cartão de crédito? Está insatisfeito com o serviço do seu banco, mas não tem paciência de pedir a portabilidade? Tudo isso pode mudar com a implementação do Open Banking. O Banco Central (BC) está dando a largada para uma transformação que pretende mudar o sistema financeiro, tirando o poder dos bancos e colocando na mão dos clientes. O objetivo é combater a burocratização e os altos custos, fomentando a competitividade entre as instituições. Para tirar melhor proveito, o consumidor deve entender o que irá acontecer. O primeiro passo para toda a mudança é o Pix, novo sistema de pagamentos que começa a funcionar em 16 de novembro. Por meio dele, pessoas físicas poderão fazer transferências para contas de outros bancos, de forma gratuita e praticamente instantânea, 24 horas por dia e sete dias por semana. Já no dia 30 do mesmo mês, será implementada a primeira das quatro fases do Open Banking. Luiz Fabbrine, líder de finanças da consultoria Bip, explica que, primeiro, será feito o compartilhamento de dados das próprias instituições; depois, dos dados cadastrais dos clientes, mediante autorização; e por fim, de posse desse histórico, as instituições vão poder conceder melhores ofertas. — Será parecido com um marketplace, mas com produtos financeiros alinhados a cada perfil. Hoje, 90% das operações de crédito são feitas pelos cinco principais bancos. O novo cenário vai possibilitar que bancos pequenos e fintechs tenham maior competitividade — explica. Segundo o BC, o consumidor ganhará autonomia na gestão de seus recursos e a oferta dos serviços será mais ágil segura e totalmente digital. Para Raul Moreira, diretor executivo de Open Banking do Banco Original, a novidade fará do Brasil um dos países mais modernos do mundo, com sistema financeiro à frente até dos Estados Unidos: — O Pix é a ponta do iceberg. Com o Open Banking o consumidor só terá conta num grande banco se estiver satisfeito. Porque tudo será compartilhado e ele poderá fazer tudo em um banco digital ou uma fintech. Acredito que no primeiro semestre de 2021 devemos ter um novo mercado.   Controle de todas as contas num só lugar Quem tem conta em mais de um banco não vai mais precisar ter tantos aplicativos instalados no celular. Dentre as novidades, está a possibilidade das instituições se transformarem em agregadores. Isto é, se um cliente tem mais afinidade com a plataforma de um banco, poderá escolher movimentar a partir dela o dinheiro depositado em outros bancos ou corretoras. — Quem oferta esse serviço passa a ter acesso a mais dados do cliente, conseguindo customizar as ofertas para as necessidades dele. Em um banco europeu, por exemplo, se o cliente compra uma passagem internacional, mesmo que com o cartão de crédito de outra instituição, o agregador pode oferecer serviços adicionais, como um seguro viagem — conta Fabbrine. Até mesmo empresas de outros ramos, como varejo, telecomunicações, energia e consumo vão poder assumir esse papel. O aplicativo de organização de finanças Guia Bolso, por exemplo, que já concentra informações de vários bancos, poderá ser usado para fazer as próprias movimentações: sejam pagamentos, transferências, ou até empréstimos. — O cliente ganha uma plataforma para integrar seus dados e gerenciar melhor seus gastos, além do acesso a produtos selecionados de acordo com o seu perfil, e o Guiabolso ganha por ter maior visibilidade sobre sua vida financeira — diz Thiago Alvarez, CEO do Guiabolso. Maxnaun Gutierrez, chefe da área de produtos de pessoa física do C6 Bank, acredita que a medida irá possibilitar maior autonomia para controlar suas finanças. — Hoje, os bancos conseguem saber histórico de crédito ao acessarem Banco Central, mas as instituições financeiras de pagamentos, como o app de pagamento de combustíveis Abastece aí, não conseguem ter esse histórico. Com esse novo sistema, elas também terão acesso. Então, é natural que as empresas queiram prestar esse serviço ao consumidor — opina Gutierrez: — Por meio de parcerias, qualquer empresa poderá virar um meio de pagamento. A Tim, por exemplo, através da C6, poderá aceitar pagamentos. Com a maior competição, a redução de tarifas já deve aparecer a partir de maio de 2021.   Benefícios para a população de baixa renda A população não bancarizada, ou sub bancarizada, é a que terá o maior impacto com o Pix e com o Open Banking. Thiago Alvarez, fundador do Guiabolso, diz que quem já está no sistema terá uma redução de tarifas, mas quem quase não usa vai ter incentivo a usar os serviços e produtos financeiros. — Essa revolução está acontecendo em um momento em que mais de 24 milhões de pessoas entraram para o sistema financeiro com o auxílio emergencial. Em dez anos, o sistema financeiro será diferente do que temos hoje — avalia. Para advogado João Fernando Nascimento, do CSMV Advogados, os varejistas poderão estreitar ainda mais laços com esses consumidores: — A classe mais baixa, não tem acesso a serviços financeiros, mas tem crediário para financiar o eletrodoméstico. Quem presta esse serviço é o varejista. Ele entende esse público e, por isso, vai fortalecer ainda mais essa relação, oferecendo outros produtos de crédito que ele necessitar. Maxnaun Gutierrez, do C6 Bank, acrescenta que, com a abertura da informação que estava disponível apenas para os birôs, será possível baixar o custo do crédito para as pessoas de baixa renda em outras instituições.   Crédito competitivo O empréstimo no Brasil é muito caro. Grande parte do problema é que é difícil avaliar o risco de crédito corretamente. O banco tem a vantagem de ter todas as informações sobre o cliente e poder analisar. No entanto, já que os demais concorrentes não têm a mesma informação, eles podem cobrar alto. Com o Open Banking, o consumidor poderá escolher que essas informações sejam públicas, dando a oportunidade a todas as instituições de crédito de poderem avaliar. — Temos os maiores custos de crédito do mundo. E os mais penalizados são os que pouco usam o sistema financeiro e pequenos empreendedores, sempre preteridos pelos grandes bancos — afirma Rafael Pereira, presidente da

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Pix é só o começo: saiba quais mudanças irão acontecer a partir do open banking

O Globo – 25 de outubro de 2020 Objetivo da transformação é combater a burocratização e os altos custos, fomentando a competitividade entre as instituições Letycia Cardoso e Patrícia Valle RIO —  Você paga juros caros pelo financiamento da casa própria? Arca todo mês com tarifas altas do cartão de crédito? Está insatisfeito com o serviço do seu banco, mas não tem paciência de pedir a portabilidade? Tudo isso pode mudar com a implementação do Open Banking. O Banco Central (BC) está dando a largada para uma transformação que pretende mudar o sistema financeiro, tirando o poder dos bancos e colocando na mão dos clientes. O objetivo é combater a burocratização e os altos custos, fomentando a competitividade entre as instituições. Para tirar melhor proveito, o consumidor deve entender o que irá acontecer. O primeiro passo para toda a mudança é o Pix, novo sistema de pagamentos que começa a funcionar em 16 de novembro. Por meio dele, pessoas físicas poderão fazer transferências para contas de outros bancos, de forma gratuita e praticamente instantânea, 24 horas por dia e sete dias por semana. Já no dia 30 do mesmo mês, será implementada a primeira das quatro fases do Open Banking. Luiz Fabbrine, líder de finanças da consultoria Bip, explica que, primeiro, será feito o compartilhamento de dados das próprias instituições; depois, dos dados cadastrais dos clientes, mediante autorização; e por fim, de posse desse histórico, as instituições vão poder conceder melhores ofertas. — Será parecido com um marketplace, mas com produtos financeiros alinhados a cada perfil. Hoje, 90% das operações de crédito são feitas pelos cinco principais bancos. O novo cenário vai possibilitar que bancos pequenos e fintechs tenham maior competitividade — explica. Segundo o BC, o consumidor ganhará autonomia na gestão de seus recursos e a oferta dos serviços será mais ágil segura e totalmente digital. Para Raul Moreira, diretor executivo de Open Banking do Banco Original, a novidade fará do Brasil um dos países mais modernos do mundo, com sistema financeiro à frente até dos Estados Unidos: — O Pix é a ponta do iceberg. Com o Open Banking o consumidor só terá conta num grande banco se estiver satisfeito. Porque tudo será compartilhado e ele poderá fazer tudo em um banco digital ou uma fintech. Acredito que no primeiro semestre de 2021 devemos ter um novo mercado.   Controle unificado Quem tem conta em mais de um banco não vai mais precisar ter tantos aplicativos instalados no celular. Dentre as novidades, está a possibilidade das instituições se transformarem em agregadores. Isto é, se um cliente tem mais afinidade com a plataforma de um banco, poderá escolher movimentar a partir dela o dinheiro depositado em outros bancos ou corretoras. — Quem oferta esse serviço passa a ter acesso a mais dados do cliente, conseguindo customizar as ofertas para as necessidades dele. Em um banco europeu, por exemplo, se o cliente compra uma passagem internacional, mesmo que com o cartão de crédito de outra instituição, o agregador pode oferecer serviços adicionais, como um seguro viagem — conta Fabbrine.   SAIBA O QUE É PIX E COMO VAI FUNCIONAR O NOVO SISTEMA DE PAGAMENTO EM 10 PONTOS   Até mesmo empresas de outros ramos, como varejo, telecomunicações, energia e consumo vão poder assumir esse papel. O aplicativo de organização de finanças Guia Bolso, por exemplo, que já concentra informações de vários bancos, poderá ser usado para fazer as próprias movimentações: sejam pagamentos, transferências, ou até empréstimos. — O cliente ganha uma plataforma para integrar seus dados e gerenciar melhor seus gastos, além do acesso a produtos selecionados de acordo com o seu perfil, e o Guiabolso ganha por ter maior visibilidade sobre sua vida financeira — diz Thiago Alvarez, CEO do Guiabolso. Maxnaun Gutierrez, chefe da área de produtos de pessoa física do C6 Bank, acredita que a medida irá possibilitar maior autonomia para controlar suas finanças. — Hoje, os bancos conseguem saber histórico de crédito ao acessarem Banco Central, mas as instituições financeiras de pagamentos, como o app de pagamento de combustíveisAbastece aí, não conseguem ter esse histórico. Com esse novo sistema, elas também terão acesso. Então, é natural que as empresas queiram prestar esse serviço ao consumidor — opina Gutierrez. — Por meio de parcerias, qualquer empresa poderá virar um meio de pagamento. A Tim, por exemplo, através da C6, poderá aceitar pagamentos. Com a maior competição, a redução de tarifas já deve aparecer a partir de maio de 2021.   População fora dos bancos A população não bancarizada, ou sub-bancarizada, é a que terá o maior impacto com o Pix e com o Open Banking. Thiago Alvarez, fundador do Guiabolso, diz que quem já está no sistema terá uma redução de tarifas, mas quem quase não usa vai ter incentivo a usar os serviços e produtos financeiros. — Essa revolução está acontecendo em um momento em que mais de 24 milhões de pessoas entraram para o sistema financeiro com o auxílio emergencial. Em dez anos, o sistema financeiro será diferente do que temos hoje — avalia. Para advogado João Fernando Nascimento, do CSMV Advogados, os varejistas poderão estreitar ainda mais laços com esses consumidores: — A classe mais baixa, não tem acesso a serviços financeiros, mas tem crediário para financiar o eletrodoméstico. Quem presta esse serviço é o varejista. Ele entende esse público e, por isso, vai fortalecer ainda mais essa relação, oferecendo outros produtos de crédito que ele necessitar. Maxnaun Gutierrez, do C6 Bank, acrescenta que, com a abertura da informação que estava disponível apenas para os birôs, será possível baixar o custo do crédito para as pessoas de baixa renda em outras instituições.   Crédito competitivo O empréstimo no Brasil é muito caro. Grande parte do problema é que é difícil avaliar o risco de crédito corretamente. O banco tem a vantagem de ter todas as informações sobre o cliente e poder analisar. No entanto, já que os demais concorrentes não têm a mesma informação, eles podem cobrar alto. Com o Open Banking, o consumidor poderá

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A armadilha do longo prazo na sustentabilidade

Matéria Valor Investe – 22 de setembro de 2020 É preciso mostrar que questões ambientais, sociais e de governança agregam valor também no curto prazo Uma das principais verdades em sustentabilidade é também uma das maiores armadilhas para fazer com que ela avance de forma pragmática. Estou falando do entendimento de que as questões ambientais, sociais e de governança agregam valor no longo prazo. Não por acaso, os investidores institucionais são atores que lideram esta agenda, responsáveis pela criação de iniciativas como o CDP (antigo Carbon Disclosure Project) e o PRI – Principles for Responsible Investment. Afinal, os fundos de pensão têm responsabilidade fiduciária pelos recursos que gerem, e precisam que eles estejam saudáveis e disponíveis décadas adiante, a fim de pagarem a aposentadoria de seus participantes. Da mesma forma, introduzir a lógica socioambiental em sistemas, políticas e procedimentos não se faz da noite para o dia. Requer visão, planejamento, investimento. E, portanto, tempo. Concluo, então, que concordamos quando definimos sustentabilidade como geradora de valor no longo prazo para as companhias que a adotam. Por outro lado, quando a vinculamos apenas ao longo prazo, não é comum surgir o pensamento: “Depois eu olho para isso. Vou tocar o ‘business as usual’ hoje e amanhã analiso essas questões”. Esta é a armadilha. É importante, portanto, incluirmos no nosso discurso com as lideranças a perspectiva de que sustentabilidade traz valor, sim, também no curto prazo. Ora, os impactos são observados hoje, seja em termos de riscos ou oportunidades. Alguém tem dúvida disso? Que o digam uma pandemia imprevisível que colocou o mundo em lockdown, os desastres ambientais e as crises sociais que do dia para noite derrubam os papeis das companhias listadas em bolsa e arrasam sua reputação corporativa. Por tudo isso, uma das pesquisas que mais me impressionaram e uso em minhas apresentações e diálogos é a “The ESG premium: New perspectives on value and performance”, realizada pela McKinsey&Company de 16 a 31/7 de 2019 e divulgada em fevereiro deste ano. Foram consultados 439 executivos C-level e 119 da comunidade de investimentos de várias regiões, indústrias e companhias. O estudo capturou a mudança de percepção desses profissionais em uma década – de 2009 a 2019 – em relação ao valor que as questões ambientais, sociais e de governança agregam aos acionistas no curto e no longo prazo. A percepção de que esses fatores impactam no longo prazo, que já era alta em 2009, se tornou praticamente unânime em 2019. Até aí, nenhuma surpresa. Como já vimos, esse é o esperado quando falamos de sustentabilidade — se bem que sempre devemos celebrar quando não há retrocessos. A boa notícia que a pesquisa nos traz, no entanto, é que a percepção dos entrevistados sobre a criação de valor da sustentabilidade no curto prazo aumentou muito: Dois terços afirmaram que os programas sociais agregam valor no curto prazo, contra 41% há dez anos. Sete em cada dez disseram que os programas de governança têm um efeito positivo no curto prazo, em comparação a 67% anteriormente. Já os programas ambientais são o que apresentaram a mais baixa percepção de ganhos no curto prazo, em relação aos aspectos sociais e de governança. Por outro lado, tiveram um avanço importante em dez anos, passando de cerca de 30% para quase 60% dos respondentes entendendo que esta agenda tem impacto positivo já. A pesquisa investigou, ainda, como mudou em uma década a percepção de que programas ambientais, sociais e de governança contribuem para a performance financeira da companhia. “Manter uma boa reputação corporativa” e “Atrair e reter talentos” continuam como os itens ESG que mais contribuem para o desempenho financeiro na visão dos entrevistados. Entre as iniciativas que tiveram aumento de percepção sobre seu impacto financeiro estão: “Atender às expectativas da sociedade quanto ao bom comportamento corporativo”, “Aumentar o acesso a capital”, “Fortalecer a posição competitiva da organização” e “Melhorar a gestão de riscos”. Estamos evoluindo, que bom. Mas mudar o padrão econômico, de consumo, produção e comportamento não é algo simples, nem tão rápido como gostaríamos. Costumo dizer que “não dormimos e acordamos sustentáveis”. Por isso, ainda vemos e veremos decisões puramente financeiras sendo vantajosas. Como disse Flavio Menezes, especialista da Consultoria Bip, em uma matéria: “Empresas que não necessariamente aderem aos conceitos ESG, mas são boas pagadoras de dividendos e possuem liquidez no mercado, vão continuar a fazer parte das carteiras dos fundos nos próximos cinco anos. A partir daí, empresas de fato atrativas para os fundos terão que apresentar critérios de sustentabilidade”. Concordo com a tese, infelizmente. Mas tenho dúvidas sobre o tempo. A urgência que a pandemia trouxe a estes temas tende a acelerar a cobrança sobre as empresas em relação às suas práticas EESG. Ainda nesta análise temporal, trago também uma fala interessante do presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher: “Ser socioambientalmente ineficiente também é ineficiente economicamente. Você pode ganhar dinheiro no curtíssimo prazo, mas é péssimo para a sustentabilidade dos negócios”. Entender que a sustentabilidade impacta no curto prazo, por mais paradoxal que possa parecer, é um pensamento de longo prazo. É o que comprova uma pesquisa conduzida por Russell Reynolds, em parceria com Focusing Capital em abril deste ano e denominada “Tone at the Top: The Board’s Impact on Long-term Value”. Entre os achados, está que os diretores que se concentravam principalmente no longo prazo (20% dos consultados) não eram apenas melhor informados sobre estes tópicos, em comparação aos que estavam focados no curto prazo. Eles eram, na verdade, também melhor informados sobre questões de curto prazo (por exemplo, riscos operacionais imediatos, atuais produtos e serviços, atividades de vendas etc.). Sou fã da ONU, e por isso encerro esse artigo com a definição de Desenvolvimento Sustentável que consta do icônico Relatório Brundtland Nosso Futuro Comum, de 1987. Notem que ela trata, sim, das próximas gerações, mas a partir da perspectiva da geração atual que afinal, é a que tem grande responsabilidade pelo futuro: “Desenvolvimento Sustentável é aquele que satisfaz as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades.”

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Empresas gastarão até 20% do orçamento de tecnologia em 2020 com LGPD

Estadão – 29 de setembro de 2020 15 a 20% do orçamento destinado à tecnologia nas empresas em 2020 serão usados para atender a exigências da LGPD As adaptações e os investimentos necessários para atender as novas exigências da Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) deverão consumir entre 15% e 20% do orçamento destinado à tecnologia das empresas neste ano. O cálculo foi feito pela consultoria Bip, que atua em transformação digital. Link da matéria: https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-do-broad/empresas-gastarao-ate-20-do-orcamento-de-tecnologia-em-2020-com-lgpd/

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