No Web Summit 2019, que aconteceu em Lisboa, a Bip esteve presente com uma delegação de executivos de diversas geografias, indústrias e ofertas com dois objetivos principais: i) identificar soluções inovadoras para complementar o portfólio de serviços e soluções da consultoria, e ii) buscar empresas e soluções complementares ao portfólio da BIP e se constituam em oportunidades para uma fusão e aquisição.
Ao logo de quatro dias de palestras, workshops e conferências, um rico ecossistema empreendedor formado por startups, especialistas, formadores de opinião, governos e executivos das principais organizações do mundo debateram sobre projetos, novidades e tendências para os próximos anos em temas relacionados à tecnologia, inovação e empreendedorismo.
Participando de discussões e debates a respeito da Revolução Tecnológica que estamos vivenciando, os executivos da Bip, em conjunto com outros CEOs, CMOs, CTOs e CSOs, puderam compartilhar experiências relacionadas à inteligência artificial, robótica, privacidade de dados, conexão 5G, veículos autônomos, experiência do consumidor, tendências de marketing para 2020, comportamentos sustentáveis entre outros.
Tendências e novidades debatidas no Web Summit 2019
Um dos temas bastante abordado foi a privacidade e o controle de dados dos indivíduos. O evento mostrou que estamos passando por um momento de dualidade: uma sociedade que sofre uma crise de confiança com medo do uso indevido da coleta e do uso dos seus dados e, ao mesmo tempo, que espera pela personalização individual dos serviços que recebem de marcas e empresas.
O primeiro a debater esse assunto tão importante nos dias atuais foi o polêmico Edward Snowden, ex-analista da CIA.
Snowden falou sobre um dos principais desafios existentes na transformação digital: a coleta e o armazenamento das informações de terceiros. Ele questionou o uso abusivo das tecnologias, que não têm sido mais utilizadas apenas como prestação de serviços pelos governos e pelas empresas, mas para o benefício próprio.
Segundo ele, “a população não tem consciência de quanta informação está deixando quando utiliza a internet”. Na videoconferência, ainda reforçou que “nós somos a única coisa que pode nos proteger e a única maneira de proteger alguém é proteger todos”.
Essa preocupação em relação à forma como as redes sociais e as organizações têm utilizado nossos dados esteve bastante presente também em outros discursos de palestrantes. Brittany Kaiser, co-fundador da Own Your Data Foundation, e David Chaum, fundador e CEO da Elixxir, analisaram o tema.
De acordo com os palestrantes, para o futuro, devemos trabalhar na divulgação dos direitos dos cidadãos e desenvolver ferramentas que possam proteger os dados de todos. Brittany afirmou que muitas empresas ainda usam esses dados sem pedir permissão. Segundo ela, algumas soluções possíveis para resolver essa questão seriam: se manter constantemente informado, regulamentar uma legislação mais eficiente e utilizar a tecnologia a favor da proteção dos dados pessoais.
A GDPR, por exemplo, visa regulamentar a privacidade de dados. Ela já é um caminho para que a mudança aconteça, apesar de ainda ser uma lei muito abstrata, como afirmou Edward Snowden em seu discurso.
Oferecer experiências personalizadas aos clientes através dos dados
Os dados são excelentes aliados das empresas na função de reter clientes. De acordo com o CMO do Burger King, Fernando Machado, os dados funcionam como uma maneira de alcançar o consumidor de forma otimizada e personalizada.
As discussões sobre a interação entre empresas e clientes foram outro grande destaque do Web Summit deste ano. Atualmente, é de extrema importância que as organizações estabeleçam uma conexão direta com seus consumidores.
Direcionada a esse tema, Alicia Tillman, CMO da SAP, explicou que as organizações precisam ter a iniciativa de construir um negócio orientado ao feeling do seu público-alvo. Para Tillman, o principal é ter propósito e ir além dos produtos e serviços que oferecem.
Nessa mesma direção, Katia Bassi, Diretora de Marketing e Comunicação da Lamborghini, mostrou como a empresa está oferecendo experiências extremamente personalizadas e impactando os consumidores jovens. Uma das ações mencionadas por ela é a utilização de realidade virtual para ajudar no processo de customização de carros.
Segundo Katia, “clientes adoram a ideia de ter um relacionamento pessoal com a marca”. E a tecnologia surge para auxiliar que a relação entre pessoas e empresas seja ainda mais humanizada. Isso foi o que Kristin Lemkau, CMO do JPMorgan Chase ressaltou em sua palestra.
Ela defendeu que as organizações devem usar tecnologias como Machine Learning para personalizar e aproximar sua relação com seus usuários. Nunca se esquecendo de estar atentas à GPDR e de serem transparentes quanto ao uso dos dados dos clientes.
Inteligência Artificial, Machine Learning e conexão 5G estão em alta
O mundo está mudando rápido e cada vez mais se discute o papel das empresas na sociedade. As empresas, sejam elas grandes corporações ou startups, precisam assumir novos papéis para construir uma sociedade mais justa economicamente, mais diversa e mais engajada com a melhoria do mundo.
Um dos temas explorados no Web Summit foi como as tecnologias – como IA, Machine Learning ou conexão 5G – podem resolver problemas atuais e futuros e como podem contribuir de forma positiva para a sociedade.
Um dos aspectos relacionados à tecnologia foi exposto por Tony Blair. O ex-primeiro ministro da Grã-Bretanha falou sobre a relação entre tecnologia e globalização, ressaltando a importância de políticas públicas para expandir os benefícios da tecnologia na vida das pessoas.
Outro exemplo de como a tecnologia está sendo aplicada para a melhoria da vida das pessoas é o caso da interação entre robôs e humanos daqui para frente.
A Boston Dynamics, por exemplo, têm desenvolvido robôs com sensores. Segundo Marc Raibert, CEO e fundador da companhia, a empresa usa como base o conceito de inteligência artificial “atlética”. Segundo ele, é um tipo de IA que permite que o robô fique de pé, ande, analise o ambiente, faça manobras e reaja quando se sentir ameaçado. Além disso, os robôs conseguem acessar instalações com níveis difíceis de acesso ou operações autônomas de logística.
E, aliando a Inteligência Artificial ao Big Data, a implantação de serviços com tecnologia 5G está crescendo mais rápido que o esperado, segundo o CEO da Huawei, Guo Ping. De acordo com ele, a tecnologia 5G vai contribuir com diversos setores, e um deles será a área da saúde: “O 5G constitui uma oportunidade única para toda a comunidade mundial”.
Ainda na área da saúde e da medicina, a empresa Nutrix foi totalmente pioneira nesse setor, ao criar, através da IA, um sensor high tech para facilitar a vida de pacientes com diabetes. O sensor é inserido no dente do paciente, permitindo detectar o nível de glicose através da saliva. Em seguida, as informações são transferidas para um aplicativo. A proposta da empresa possibilita que diabéticos realizem medições de glicose sem a necessidade de usar agulhas ou métodos invasivos. Com essa inovação, a Nutrix venceu a competição de startups do evento.
De Agile Enterprise Company para Cognitive companies
O ponto alto do evento foram as discussões que envolveram as gigantes de tecnologia sobre como as grandes empresas estão se estruturando para serem Cognitive Companies. Trata-se da evolução das Agile Enterprise Companies para as Cognitive Companies como um dos grandes avanços na democratização da inteligência artificial. Estas empresas utilizam todo o aprendizado das máquinas e a IA para detectar emoções e sentimentos, por meio do reconhecimento da visão, da fala e do entendimento de idiomas.
As tecnologias cognitivas e a metodologia Agile compartilham conceitos comuns, no sentido de que, para realizar a transformação cognitiva, as empresas precisam estar centradas no cliente e tratar os dados como recursos principais.
Ou seja, o maior desafio é transformar as pessoas. Não apenas mudando a mentalidade dos profissionais que implementam o sistema, mas também estratégias, processos de negócios e organização, redefinindo as interações dentro do próprio negócio. Isto está muito alinhado com o posicionamento da Bip e seu hub de tecnologias inovadoras, a XScience, que trata de questões de IA e Advanced Analytics.
A mensagem principal que queremos passar deste evento é que empresas, de qualquer segmento de atuação, precisam estar aptas a mudar rapidamente se quiserem se manter ativas no mercado.
A Bip, consultoria global especializada em Transformação Digital, e a XScience, seu hub de tecnologias inovadoras, vêm estudando a melhor aplicação da inteligência artificial nos negócios em diversos segmentos.
A participação em eventos de inovação é essencial para que possamos identificar novas soluções para os nossos clientes que estão vivenciando o desafio da transformação digital.
Através da xScience, oferecemos serviços profissionais e soluções complexas para grandes organizações, prontas para fechar a lacuna criada pela evolução exponencial da tecnologia e dos modelos de negócios. Essas organizações precisam competir com uma nova geração de empresas que adotam novos paradigmas em seus modelos de negócio, na criação de valor e escalabilidade de suas soluções, no uso de tecnologias digitais e na estratégia de go-to-market.
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