AUTORIA

COE Agility

TRADUÇÃO

GERENTE RESPONSÁVEL

DIRETOR RESPONSÁVEL

Pedro Souza

O mundo sofreu mudanças profundas nos últimos anos, que trouxeram não somente novas tecnologias, mas alteraram a forma como vivemos e trabalhamos. Se antes vivíamos num mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo, hoje o ambiente é visto como frágil, ansioso, não linear e incompreensível, cada vez mais desafiador para as corporações.

A complexidade e dinâmica atual do mercado nos mostram que é muito fácil se perder pensando em ferramentas tecnológicas quando falamos em transformação digital. Mas é preciso enxergar além da tecnologia e olhar para o recurso fundamental na evolução de qualquer negócio: as pessoas. Hoje o essencial é ter adaptabilidade para analisar, tomar decisões rapidamente, mudar de rota, e redefinir prioridades com agilidade e assertividade. E isso só é possível por meio do raciocínio humano. Mais do que nunca, é preciso ousar, mas é necessário estar bem preparado para reagir com velocidade diante das consequências, e essa preparação está intrinsecamente ligada à maneira de pensar e à cultura dos colaboradores.

Todos os negócios precisam de pessoas trabalhando por um mesmo propósito para girar, não importando qual o core business. Novas ferramentas podem trabalhar em conjunto para viabilizar produções e serviços, mas a principal evolução e ponto de virada para muitas empresas, acontece nas pessoas, desde o colaborador individual até os times. Isso exige uma rápida revisão e atualização na gestão, e é aí onde começa o desafio de transformação ágil da cultura organizacional.

QUAIS GANHOS A AGILIDADE ORGANIZACIONAL TRAZ PARA UMA EMPRESA?

A agilidade organizacional é um conceito amplo e aplicável em muitos níveis de uma organização, mas é possível tangibilizar alguns benefícios que uma empresa pode ter com a implementação de uma estrutura ágil:

  • Aumento da previsibilidade das entregas: Uma cultura organizacional ágil traz processos que permitem mais assertividade, se adaptando rapidamente a imprevistos e permitindo maior visibilidade e flexibilidade.
  • Redução de risco nas iniciativas: Sempre pronta para analisar e redefinir prioridades, uma cultura organizacional ágil se adapta rapidamente ao contexto, diminuindo riscos e continuando a entregar valor.
  • Aumento da produtividade dos times: Times que assumem uma postura ágil se comunicam e trabalham conectados para garantir uma entrega melhor e mais produtiva.
  • Aumento da satisfação dos clientes: A cultura ágil se reflete na entrega, e o cliente, como razão de ser de qualquer empresa, sente os benefícios e o valor agregado ali presente.
  • Aumento na velocidade das tomadas de decisão: Os momentos de decisões importantes ganham velocidade para acompanhar os desafios diários numa cultura organizacional ágil, permitindo que a empresa não perca o timing para agir.
  • Aumento da capacidade de mudar prioridades: Quando o cenário é incerto, é preciso estar preparado para analisar e redefinir prioridades. O papel da agilidade organizacional é permitir mudanças nos momentos certos e com os impactos desejados.

ONDE APLICAR A AGILIDADE ORGANIZACIONAL?

Quando pensamos sobre agilidade organizacional é muito comum que venha à mente em primeiro lugar a modernização tecnológica, inteligência artificial, análise de dados, softwares mais eficientes, plataformas inovadoras, processos e metodologias eficazes.

Sim, todas essas ferramentas fazem parte da transformação ágil, mas é preciso lembrar que na implementação de uma nova cultura há outras nuances tão importantes quanto essas ferramentas, que precisam de atenção redobrada. Caso contrário, é real o risco de que a cultura de agilidade organizacional não seja plenamente estabelecida, ou que sejam gastos mais recursos e tempo para sua consolidação.

É fundamental ter em mente que, primordialmente, empresas são pessoas que trabalham juntas em função de um propósito comum para entregar valor por meio de serviços ou produtos. Sendo assim, o recurso humano é um dos principais pilares que deve receber esforços para uma transformação ágil. Muito além da modernização digital, o foco deve estar em transformar um negócio de uma arquitetura tradicional para uma estrutura de times trabalhando juntos e integrados, com adaptabilidade para entregar valor, seja qual for o contexto.

A agilidade organizacional deve ser a base para um desenvolvimento sustentável, eficaz e veloz, com princípios que fazem sentido para todo tipo de corporação, em qualquer escala, inclusive para novos negócios.

AGILIDADE ORGANIZACIONAL, DO INDIVÍDUO AO TIME

Pensando enquanto cultura organizacional, a agilidade é um valor do qual cada colaborador deve tomar consciência e empoderamento para agir em todas as entregas. É necessário deixar claros alguns pilares no desdobramento dessa cultura:

  • Orientação para a entrega de valor: Sempre ter em mente qual a entrega de valor presente em cada iniciativa.
  • Foco no cliente: Entender como envolver o cliente para que ele faça parte das tomadas de decisão que atenderão às suas necessidades.
  • Inovação: Atuação em parceria para gerar inovação de tecnologias e ideias.
  • Protagonismo das áreas: Cada área precisa assumir o papel de transformar.
  • Produto: Ter consciência do valor que está sendo gerado pelo produto, e como otimizar a entrega.
  • Design thinking: Nunca se deve perder de vista o problema a ser resolvido durante os processos.
  • Melhora contínua: Evolução constante das entregas, pensando em otimizar tempo, recursos e em como gerar mais valor.
  • Agilidade em escala: Como estender a agilidade do funcionário para o time, e do time para a organização.

POR ONDE COMEÇAR A IMPLEMENTAR A AGILIDADE ORGANIZACIONAL?

Com a cultura organizacional sendo orientada pelos valores e princípios ágeis, é preciso olhar para pessoas com olhar analítico e minucioso, considerando suas individualidades. Assim, a gestão de mudança organizacional torna-se um elemento fundamental para que a transformação aconteça e seja consolidada.

Começando pelo indivíduo e pensando em estender a cultura ágil para os times, um caminho para iniciar a jornada de transformação é a modernização na forma de trabalhar, promovendo o empoderamento e a confiança para que cada funcionário se sinta efetivo no seu papel para a organização, e parte de times que trabalham em sinergia.

Todos devem ter visibilidade de negócio e tecnologia atuando juntos para entregar valor continuamente. É preciso pensar em formas de usar diferentes inteligências em conjunto, pensando nos problemas e criando soluções. Perfis distintos com ideias inovadoras, devem ganhar protagonismo para agir em todos os níveis, com adaptabilidade a aprendizado rápido.

O foco deve ser o recurso humano, e as ações devem ser pensadas no intuito de inspirar e empoderar pessoas individualmente para que absorvam os valores de adaptabilidade, otimização e eficácia, e apliquem no modo de trabalhar enquanto times de uma organização.

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