AUTORIA

Eduardo Saltoratto

TRADUÇÃO

GERENTE RESPONSÁVEL

DIRETOR RESPONSÁVEL

Um desafio comum para as empresas no geral é garantir a segurança e otimização das informações ao longo da sua cadeia produtiva e adaptar-se rapidamente conforme as oscilações de oferta e demanda.

A computação em nuvem contempla esses requisitos a serem garantidos e se adapta rapidamente, sendo uma solução tão flexível que foi estimado um movimento de US$295 bilhões dólares em 2021 e US$1.554,94 bilhões em 2030 na área da computação em nuvem. Isso indica um crescimento aproximado de 5 vezes em 8 anos no mesmo estudo e tamanho valor de mercado mostra que o investimento compensa quando os possíveis problemas são abordados e solucionados de maneira correta.

O que é computação em nuvem

A definição de computação em nuvem (cloud computing) ainda está em formação, mas aceita-se que é um modelo para habilitar de forma global, conveniente e sob demanda o acesso a uma rede de trabalho em uma gama de recursos computacionais configuráveis que podem ser rapidamente providos e liberados com esforço e interação mínimos com o provedor.

Essa tecnologia surgiu com constantes melhorias na rede de trabalho, em computação e em modelos de serviço. Apesar de aparecer em outros momentos da informática, em 2006 a Amazon Web Services (AWS) lançou a primeira coletânea de serviços com o foco na computação em nuvem para o mercado. Atualmente, os envolvidos com essa tecnologia estimam que a computação em nuvem terá uma influência tão grande no negócio das empresas de forma que a analogia a ser feita é que as empresas que não implementarem a nuvem serão como as empresas que não utilizam internet atualmente.

Já utilizamos o serviço de nuvem constantemente: quando pedimos um Uber, quando assistimos um filme no Netflix, quando acessamos o serviço do e-mail ou ouvimos uma música no Spotify.

Benefícios associados

De forma geral, quando nos perguntamos “o que a nuvem pode trazer de vantagem” a resposta vem associada com 5 tópicos:

  • Dimensionamento do serviço ofertado
  • Oferta de um serviço “em demanda” (ou “sob-demanda”)
  • Oferta de um grupo de serviços que apoiam o usuário
  • Rápida resposta para o crescimento. A nuvem já é “elástica” e permite crescer
  • Organização da rede e fácil acesso a ela, além de controlar acessos

Categorização e modelos de serviço

A categorização da computação em nuvem pode ser feita com base no deploy e nos modelos de serviço. Assim, essa classificação é relacionada com disponibilidade de data centers e tipos de serviço fornecidos, o que facilita a identificação e seleção do serviço a ser contratado.

Os modelos de deploy são classificados com nível de disponibilidade e os modelos de serviço são classificados como um tipo de serviço.

A categorização com base em modelos de deploy para a nuvem é uma base comparativa e já foi feita com outras tecnologias, como computação em grade (Grid Computing) e data centers. Tais modelos podem ser privados, públicos, híbridos ou comunitários, dependendo do público-alvo e da disponibilidade do data center. Empresas criam nuvens privadas e públicas para sustentar as necessidades privadas e públicas. A nuvem pública aberta, mas possui controles de acesso, como os arquivos no Google Drive ou no OneDrive e geralmente esse serviço não é pago. A nuvem privada é uma nuvem que possui um fornecedor de serviços para um cliente ou usuário e esse serviço é pago. Mas as empresas também podem criar nuvens para uso interno e externo, o que pode formar modelos híbridos por serem parte privados, parte públicos. Por fim, a nuvem comunitária é compartilhada com múltiplas organizações por uma empresa com nível provedor mais alto. Geralmente ela utiliza serviços privados de forma compartilhada com uma comunidade e isso acontece onde se deseja algo específico dos serviços. Para ilustrar essas possibilidades, foi montada a figura:

Independente do modelo de deploy, cada nuvem pode servir clientes com diferentes modelos de serviço. Os 3 modelos de serviço mais adotados são Software as a Service (SaaS), Plataform as a Service (PaaS) e Infrastructure as a Service (IaaS). Apesar disso, novos modelos de serviço baseados em nuvens surgiram devido a constante demanda por tecnologia em nuvem, por exemplo armazenamento como serviço, segurança como serviço, informações como serviço, testes de ambiente como serviço, testes como serviço, informações como serviço e processo de negócio como serviço.

O nível mais abstrato entre os modelos de serviço é o SaaS, onde o consumidor é responsável pela aplicação, interfaces de programação da aplicação (APIs) e interfaces gráficas do usuário (GUI), mas não sistema operacional, virtualização, servidores, redes e middlewares (camadas intermediárias). O cliente pode usar o software fornecido pelo fornecedor da nuvem e customizar ele de acordo com requisitos específicos, como o CRMs. Por outro lado, a responsabilidade no PaaS é dividida entre o provedor da nuvem e o consumidor. Esse consumidor está ciente e responsável pelas aplicações, informações e deploys, ao passo que a responsabilidade do provedor é limitada à infraestrutura, sistema operacional, serviços e plataformas. Já no modelo IaaS, o provedor fornece intraestrutura, sistema operacional e virtualização para o cliente, o qual é responsável pelos níveis de gerenciamento da nuvem (de armazenamento até a aplicação). Esse modelo pode ser definido como “a entrega do hardware (servidor, armazenamento e rede) e do software associado (tecnologia de virtualização de sistemas de operação, sistemas de arquivos) como um serviço”.

Como exemplos, as principais implementações e soluções baseadas no SaaS são interfaces de programações de aplicações (APIs) e interfaces gráficas do usuário (GUIs). No PaaS são pacotes de soluções das aplicações, como em .NET, Python, Perl e outras linguagens, de forma que a plataforma seja complementada sem necessidade de adicionar softwares para suporte das aplicações. No Iaas, processar e armazenar, redes, máquinas virtuais (VMs) e sistemas operacionais.

Os benefícios da nuvem não são fáceis de serem determinados porque muitos fatores devem ser considerados, embora a nuvem possa ter um gargalo e ser um mainfraime com um novo nome. A nuvem pode revitalizar partes técnicas, humanas e econômicas, além de aumentar a facilidade, segurança e ser menos prejudicial ao meio ambiente. A maior parte dos benefícios são associados com a ideia da nuvem, a qual delega a responsabilidade do cliente para a nuvem.

Quanto a atuação, cada modelo de serviço fornece diferentes características para os clientes. SaaS melhora a disponibilidade do programa, centraliza a segurança e tarefas de qualidade, aumenta o intervalo de tempo de trabalho no sistema e reduz o tempo necessário para instalação, gerenciamento e atualização. Enquanto isso, IaaS reduz o período entre a ideia inicial e o produto final, simplifica os deploys e separa o sistema em deploy das mudanças internas (o que garante a operação do sistema e entrega do serviço enquanto resolve problemas internos e reduz o tempo de processamentos), ao passo que PaaS simplifica o deploy por reduzir o período de pontos de segurança.

A nuvem pode inclusive melhorar a vida social das pessoas porque permite que compartilhem grandes quantidades de informações, assim como pode preservar o meio ambiente por reduzir o consumo de energia. Se dividirmos as características em tecnológicas, econômicas e não tecnológicas, temos uma comparação mais tangível, como mostra a tabela.

Desafios na utilização

Quanto as dificuldades do processo, a computação em nuvem enfrenta diversos desafios porque é acessada remotamente, o que requer alta segurança e diversos processos técnicos. Os problemas mais comuns são a infraestrutura compartilhada, segurança, travamento de dados, performance imprevisível, gargalos de transferência de dados, falta de controle, vazamento de informações, erros de operação fora do escopo, redução na customização do sistema operacional, versionamentos, localização da informação física, vulnerabilidade da internet, auditorias, rastreabilidade, encriptação, autenticação, autorização, confidencialidade e privacidade.

Apesar desses pontos, a maior preocupação na computação em nuvem é a segurança. Isso ocorre com o aumento da preocupação por estar “fora do alcance”, isto é, estar em locais que não acessamos ou supervisionamos. Os problemas de segurança são classificados em 4 bases de acordo com a origem, as quais são infraestrutura, informação, acesso e compliance. Fornecedores são uma categoria subsequente e englobam as questões de segurança associadas com eles.

A categoria de infraestrutura representa questões de segurança que surgiram devido a novas e complexas infraestruturas, as quais são compartilhadas entre os clientes da nuvem, como o acesso administrativo remoto, falta de controle, menor grau de customização do sistema operacional, vulnerabilidades do sistema e atualizações.

A categoria de dados é composta por problemas que surgiram por ser remoto, com múltiplos “donos” e alto fluxo de dados na computação em nuvem, como privacidade, permanência dos dados, confidencialidade dos dados, privacidade dos usuários e proveniência. De forma análoga, a categoria de acesso surgiu pelos mesmos fundamentos e é composto por acesso à nuvem (autenticação, autorização e controle de acesso), comunicação encriptada, gerenciamento de perfis (identidades) e uma performance imprevisível.

A categoria de compliance e de fornecedores são duas categorias relacionadas com a relação complexa entre o cliente e o provedor da computação em nuvem. Isso ocorre porque o cliente também pode afetar o provedor e, consequentemente, outros clientes desse provedor. Os problemas que são relacionados com compliance são a auditoria de segurança, rastreabilidade e compliance, ao passo que os problemas relacionados com fornecedores são vazamentos de informação, definição do escopo de segurança e erros operacionais que são fora do escopo.

De uma forma visual, os pilares e os respectivos problemas foram rearranjados conforme mostra a tabela 2.


Serviços BIP xTech

A xTech é um centro de excelência do Grupo Bip, com longa trajetória na definição de estratégias, análise de serviços, desenho e governança de soluções de tecnologia.

A BIP xTech guia seus clientes a atingirem essa alta performance e mantê-la, inclusive com a migração para sistemas em nuvem, o que traz os benefícios do que há de melhores práticas e otimizações de custo e disponibiliza sistemicamente informações valiosas para excelência operacional com conformidade, segurança, disponibilidade, flexibilidade de crescimento e possibilidades de melhoria contínua.

Estamos, como sempre, ao lado dos nossos clientes para os ajudar a aproveitar as oportunidades oferecidas com a migração para sistemas em nuvem, também em virtude das nossas fortes competências em Estratégia, Arquitetura e Governança de dados, que cada vez mais se irão se convergir para revolucionar a eficiência de dados das empresas.

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