O Ministério Público do Pará entrou com uma ação para suspender a manutenção em um mineroduto de bauxita operado pela Mineração Paragominas, uma filial da norueguesa Norsk Hydro, alegando a falta de consultas às comunidades locais.
A manutenção foi programada em um trecho de 29 quilômetros que atravessa os municípios de Tomé-Açu e Acará. No total, o gasoduto de 246 km também atravessa Paragominas, Ipixuna do Pará, Moju, Abaetetuba e Barcarena. Foi instalado em 2008 e a licença de funcionamento foi renovada em 2022 por cinco anos.
O Ministério Público pretende mitigar riscos relacionados com a obra, os quais poderão afetar a atividade agrícola de 80 famílias.
Startups de sustentabilidade
Questões semelhantes atraíram uma série de empresas que oferecem soluções. Das 42 startups mundiais com foco na sustentabilidade da mineração, 22 estão sediadas no Brasil, segundo estudo da consultoria BIP Brasil e FIEMG Lab, unidade de inovação da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG).
“O setor de mineração tem apresentado uma série de oportunidades para empresas inovadoras porque as grandes empresas buscam soluções para tornar suas operações mais verdes e sustentáveis”, disse à BNamericas Bruna Silva Barbosa Pereira, coordenadora do FIEMG Lab.
VALE
A Vale criou a Agera para promover seu negócio sustentável de areia.
Com sede em Nova Lima, a Agera recebe areia resultante do tratamento de resíduos das operações de minério de ferro da Vale em Minas Gerais e promove sua comercialização e distribuição. A nova empresa também investe em pesquisa e desenvolvimento.
“Criamos a Agera com o objetivo de escalar um negócio que está nos ajudando a reduzir o uso de barragens e pilhas em Minas Gerais, além de contribuir para substituir a areia natural, que muitas vezes é extraída de forma predatória do leito dos rios. A criação da Agera está fortemente ligada à nossa estratégia de promover a mineração circular, o que significa fortalecer na mineração os conceitos da economia circular, de associar o desenvolvimento econômico a um melhor aproveitamento dos recursos naturais”, declarou em comunicado o diretor de negócios da Vale, Fabiano Carvalho Filho.
A empresa começou a produzir areia sustentável em 2021, após sete anos de pesquisas. Desde então, cerca de 900 mil toneladas foram vendidas para o setor de construção civil e utilizadas na pavimentação de estradas. A empresa pretende vender 1 milhão de toneladas em 2023 e 2,1 em 2024. A Agera projeta receitas de R$ 18 milhões (US$ 3,6 mi) este ano.
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