27 de abril de 2020 – Valor Econômico, suplemento Infraestrutura e Logística.
Simone Goldberg
A venda de oito das treze refinarias da Petrobras – adiada em virtude da pandemia do coronavírus – criou uma expectativa de maior competição e abertura no mercado de derivados, desde que foi anunciada no ano passado. No entanto, analistas do setor não são tão otimistas e apontam diversos fatores que precisam ser tratados antes de o Brasil experimentar uma concorrência de fato, como infraestrutura, tributos, abastecimento local e regulação.
Para o sócio da Bip Brasil, Flávio Menezes, há uma perspectiva de mais competitividade no mercado nacional de refino, com a entrada de novos players, que deverá levar em conta “o equilíbrio de preços entre a produção local e a importação de países vizinhos”.
Para ele, a reforma tributária atualmente em andamento no governo deve trazer aperfeiçoamentos necessários e influenciar na formação de preços. Menezes também lembra que, com o desinvestimento da Petrobras em algumas refinarias, ela deixará de ter compromissos de abastecimento de todas as regiões do país com produtos derivados do petróleo.
“Certamente os desafios logísticos e de estoque estratégico para um país de dimensões continentais são temas centrais para a discussão da regulação”, avalia ele, que não vê o equacionamento de todas as questões envolvidas no curto prazo. “Existem previsões de que o setor levará mais de cinco anos para que, de fato, as regulações de refino e abastecimento estejam implementadas”, afirma Menezes.
Leia a matéria completa em https://www.valor.com.br