Entre os dias 02 e 05 de maio, a BIP teve cobertura do Offshore Technology Conference (OTC), realizado em Houston. Mesmo que não tenha alcançado o número de participantes de anos anteriores, os números da feira foram expressivos.
Depois de dois anos, foram cerca de 24.000 participantes ao longo dos 4 dias do evento, sendo cerca de 7.000 estrangeiros de 93 países. Na parte de apresentações, foram 17 sessões com executivos, 11 painéis e 5 sessões de networking, além de 44 sessões técnicas, com apresentação de mais de 300 papers, segundo a organização do evento.
Ao longo dos 7 dias, tivemos a oportunidade de conhecer e interagir com centenas de profissionais da indústria, que variaram desde donos de start-ups e empresas de pequeno porte que estão buscando espaço no mercado de Oil & Gas, até presidentes e vice-presidentes das gigantes do petróleo.
Durante o evento, nosso time trouxe insights sobre as tendências e o futuro do setor de Oil & Gas, através de diferentes perspectivas, a quais estão sendo apresentadas a seguir.
ESG e Transição Energética
Estes processos vão depender de muitos investimentos, e as empresas precisam considerar e definir quanto do seu fluxo de caixa livre deverá ser direcionado para este fim. O foco? Pessoas, princípios e Planeta, com aumento significativo da captura de carbono, projetos em outras fontes de energia (hidrogênio e eólica foram temas de grande parte dos papers apresentados sobre o tema) e promoção de soluções integradas de energia limpa – no caso de combustível fóssil e energia limpa, não é uma questão de uma ou outro, e sim como adequar a matriz para buscar e prover a melhor solução sob uma perspectiva de “emissão zero”.
Nesse sentido, a parceria e os projetos conjuntos entre diferentes empresas de energia e as start-ups serão um ativo valioso para qualquer player da indústria.
Transformação Digital
Inovação e Transformação Digital são elementos críticos para alcançar uma meta de “net zero emissions” até o final dessa década. Implementar projetos mais rápidos mantendo compatibilidade com emissão baixa vai ser um importante diferencial para quem busca atingir essa meta de forma consistente e nos prazos estabelecidos.
Diversidade e Alfabetização Digital
Diversidade do workforce e compartilhamento de conhecimento são aceleradores do processo de inovação e, para isso, promover a alfabetização digital (digital literacy) na organização é fundamental. Empresas como a Baker Hughes apresentaram programas nos quais até 20% da equipe envolvida com transição energética tem pessoas neurodivergentes (espectro autista, déficit de atenção, entre outros) na composição, com resultados muito significativos já materializados.
A frase chave da apresentação da VP de Energy Transition da Baker Hughes, Allyson Book foi: “Se todos pensarem da mesma forma, como vamos inovar?”.
Para estes profissionais, eles criaram um formulário de “como trabalhar melhor comigo”, onde as pessoas apresentam seus perfis, limites e formas de melhor interagir com eles. Outro aspecto que chamou a atenção é o protagonismo feminino, que pede passagem e começa a ter mais representatividade num mercado eminentemente masculino.
Essa questão da diversidade fica mais clara quando observamos também que o mercado de O&G está “envelhecendo” e precisa tornar-se mais atrativo para novos talentos.
O gap de idade, visão de mundo e até mesmo capacidade de comunicação entre as gerações é palpável e precisa ser discutido para evitar perda de conhecimento e talento. As empresas que estão conseguindo fazer isso, seja através de conexão com start-ups e empresas em distintos ramos de maturidade que trabalham com energia limpa, já estão colhendo importantes frutos que combinam profundidade técnica com soluções inovadoras e eficientes.
Tecnologia e Eficiência
A eficiência é considerada a base de uma transição energética com net zero emissions. Neste tema, a utilização de dados, ferramentas de analytics, big data, real time information e sensores e inteligência artificial são os veículos para transformar dados em tomada de decisão informada no timing adequado, mas capturar o dado na origem da forma, periodicidade e estrutura correta pode ser a diferença entre sucesso e fracasso. Um grande desafio para o mercado de offshore ainda é a questão da conectividade e transferência de dados. Apesar de transmissão de dados via link de satélite ser uma alternativa, soluções que dependem de real-time data e enxergam um futuro em que haverá atuação intensiva de robôs e telemetria não podem depender de latência alta para comunicação.
Renováveis
Já se observam investimentos significativos na questão de renováveis – na parte de Climatetech, de 2013 a 2019, os investimentos nesse setor pularam de U$418M para U$ 16B. –Os EUA tem previsão de investimentos para os próximos 5 anos na ordem de U$2 trilhões na parte de “climate infrastructure planning”, sendo que destes, U$ 55B para a parte de climate tech e U$ 300B para fabricação de energia limpa, de acordo com Juliana Garaizar, VP de inovação da Greentown Labs.
Conclusões
O mercado está progredindo cada vez mais e se alinhando à pautas recorrentes no mundo, que se fazem presentes pelas demandas do mercado e dos consumidores, como em questões relacionadas à tecnologia, diversidade e sustentabilidade. Para crescer e se manter nesse mercado faz-se necessário, cada vez mais, estar por dentro das tendências e notícias globais e se posicionar de acordo com as demandas explicitadas anteriormente.
A BIP possui um forte alinhamento entre o posicionamento estratégico na indústria e o que fazemos pelos nossos clientes. Buscamos sempre levar inovação para os nossos clientes e manter nossa atuação atualizada com as demandas do mercado, atuando com métodos sustentáveis e trazendo o novo para a área de Oil & Gas. Para saber mais sobre a nossa atuação entre em contato com os especialistas em O&G da BIP e entenda como sua empresa pode estar à frente desta revolução.